A atualização do passado em disputa: historiadores(as), movimentos sociais e comemorações nacionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Batistella, Pedro Henrique
Orientador(a): Nicolazzi, Fernando Felizardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/246490
Resumo: Essa dissertação tem como objetivo verificar a dinâmica de “produção de histórias” entre movimentos sociais e historiadores acadêmicos nos contextos comemorativos do Centenário da Abolição da Escravidão de 1988 e do V Centenário do Descobrimento do Brasil de 2000. A abordagem compreende na análise da construção e enunciação de historicidades críticas por parte de movimentos negros e indígenas e de intervenções de historiadores e historiadoras profissionais, acadêmicos nos espaços culturais dos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo. Em vista disso, a problemática orientadora consiste em indagar a respeito do posicionamento crítico comum entre os discursos de memória e o conhecimento histórico disciplinar na tentativa de deslegitimação da linguagem comemorativa nacional das efemérides do Treze de Maio e do Vinte e Dois de Abril. A dissertação está estruturada em três capítulos que abordam as seguintes questões: I. uma discussão a respeito da relação entre as políticas de comemoração e a enunciação da identidade nacional a partir da análise de documentos das comissões organizativas e discursos dos presidentes José Sarney e Fernando Henrique Cardoso; II. a construção de conhecimento histórico no interior dos movimentos negros e indígenas como sujeito coletivos de conhecimento emancipatório com base na análise de manifestos e protestos de rua; III. a relação entre o ambiente epistemológico conformado no processo de profissionalização da historiografia brasileira a partir da década de 1980 e o engajamento político-público de historiadores profissionais, acadêmicos através da verificação da publicação de textos na mídia impressa em torno do tema das efemérides em questão. Com base nisso, é debatido como ambos os contextos de comemoração condensaram disputas e interações entre diferentes lugares epistêmicos assimétricos de produção de histórias sobre os legados do col Com base nisso, é debatido como ambos os contextos de comemoração condensaram disputas e interações entre diferentes lugares epistêmicos assimétricos de produção de histórias sobre os legados do colonialismo e da escravidão, estabelecendo atenção para o caráter das relações de poder que teceram os modos de complementação e tensionamento entre historiografia e ativismo negro e indígena no final do século XX no Brasil.