Ensaios de economia internacional e integração : caso do Mercado Comum da America Central (MCCA)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Orellana Aragón, Jorge Alberto
Orientador(a): Faria, Luiz Augusto Estrella
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/132943
Resumo: O objetivo desta tese foi analisar as várias abordagens do processo de integração econômica na América Central. No primeiro ensaio são apresentadas as causas históricas e as instituições que promoveram o processo de integração econômica regional nos últimos 54 anos. Conclui-se que as instituições têm um status eminentemente intergovernamental e não supranacional limitando assim sua autonomia e poder real em favor dos interesses e valores comuns. Os resultados sugerem que uma maior integração institucional eleva o nível de integração econômica e vice-versa. Por último, foi apresentada a proposta de criação de uma nova instituição regional denominada Sistema Centro-Americano de Inovação (SCAI). Além disso, no segundo ensaio, foi avaliada empiricamente a validade da Lei de Thirlwall para os países membros do Mercado Comum da América Central e República Dominicana (MCCA-RD). Os objetivos foram: 1) avaliar a existência de uma relação de cointegração entre as variáveis de produto interno bruto, exportações e os termos de troca e 2) estimar o modelo de correção de erros para identificar a existência de relações de longo prazo entre a produto interno bruto e as exportações e, posteriormente, incorporar termos comerciais. Para o caso MCCA-RD existe cointegração entre o produto interno bruto e as exportações, adicionando os termos de troca para essas duas variáveis as três cointegram a exceção do caso da República Dominicana. Os resultados alcançados indicam que as exportações podem influenciar positivamente o produto interno bruto, tanto a curto como a longo prazo. No caso dos termos de troca, a relação é positiva, com exceção da Costa Rica e Nicarágua. No último ensaio, é avalhiada a validade da lei Zipf (rule size rank), que postula que o tamanho de uma cidade é inversamente proporcional à sua ordem para o MCCA-RD. Ela ajuda a explicar como as forças de aglomeração favorecem a atividade econômica e, em particular, como o comércio internacional induz a criação de estruturas de sistemas urbanos mais equilibrados. O período analisado é composto de censos das cidades entre os anos 1950-2008 e outros índices de desigualdade urbana. Inicialmente no caso da MCCA-RD a validez da lei de Zipf é rejeitada. Posteriormente são avaliados outros índices desigualdade como a lei de Gibrat que mostra a existência do comportamento não-linear na distribuição de populações urbanas, ou seja, o crescimento de uma cidade é independente do seu tamanho, além de outras como a Regra Tamanho Estendida de Fan e Casseti (1994), Índice Primazia das Cidades e Index de Herfindahl-Hirschman concentração urbana (HHI). No caso de Panamá, a Lei de Gibrat é confirmada e nos outros índices de desigualdade mostram um aumento populacional até o início da década de 1980 e a partir daí, decresce gradualmente. Posteriormente, foram estimados os coeficientes de correlação de Pearson entre os índices de desigualdade e o índice de intensidade de comércio. Confirmou-se que o crescimento urbano é negativamente relacionado com o aumento do comércio internacional, com exceção apenas do caso do Panamá. Por fim, foram estimadas funções de densidade de Kernel para as populações que mostram uma mudança profunda nos anos oitenta em países como Costa Rica e El Salvador. No caso da Guatemala, a mesma mudança ocorre por volta dos anos noventa. Quando se trata de Honduras, Nicarágua e Panamá percebe-se uma forte tendência de primazia das cidades desde os anos cinquenta, isso pode causar congestião de atividades productivas.