Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Santos, Rafael Antunes dos |
Orientador(a): |
Caregnato, Sonia Elisa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/122180
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Resumo: |
A pesquisa apresenta um estudo exploratório sobre a produção científica brasileira em HIV/Aids indexada na Web of Science no período 1993-2013. O estudo analisa, com base em indicadores bibliométricos de coocorrência de palavras-chave, a dimensão cognitiva da pesquisa brasileira em HIV/Aids a partir das informações obtidas no campo de metadados Descriptor (DE) dos 1798 artigos recuperados. A pesquisa procura ampliar o conhecimento das dimensões relativas às temáticas de pesquisa em HIV/Aids no cenário brasileiro, mas também demonstra o potencial dos procedimentos da análise de coocorrência de palavras. No referencial teórico apresenta aspectos gerais da comunicação científica, da bibliometria e da coocorrência de palavras. Os resultados de coocorrência ainda são amparados por um diagnóstico breve com uso de indicadores de atividade científica: produção ao longo dos anos, idiomas, periódicos científicos, áreas de pesquisa e instituições. Obteve medidas de frequência (lei de Zipf), de similaridade (cosseno de Salton), de densidade e de centralidade (Eigenvector) e identifica os principais cluster dos conjuntos textuais dos agrupamentos definidos na análise: 1993-1997, 1998-2001, 2002-2005, 2006-2009 e 2010-2013, com uso dos softwares Bibexcel, Excel, Hermetic Word Frequency Counter, Ucinet, NetDraw, VOSViewer, Google Analyzed e Google Refine. A pesquisa brasileira em HIV/Aids apresenta indícios de crescimento exponencial, com aumento das taxas de crescimento em todos os agrupamentos temporais. Descobriu-se que os periódicos líderes em publicações foram essencialmente os brasileiros da área da saúde e/ou internacionais especializados em HIV/Aids. O idioma preferido nas comunicações é a língua inglesa. As áreas de pesquisa predominantes foram “Doenças Infecciosas”, “Saúde Pública”, “Imunologia”, “Medicina Tropical” e “Virologia”, de um espectro multidisciplinar de 82 áreas distintas. As instituições de pesquisa mais prolíficas foram USP, Fiocruz e UFRJ num quadro de 470 instituições brasileiras (maioria públicas) e 717 estrangeiras, de 80 países (maioria norte-americana), aspecto indicativo da colaboração nacional e internacional da pesquisa brasileira em HIV/Aids. A análise de coocorrência de palavras utilizou 77% do resultado da busca, ou seja 1392 documentos divididos nos cinco agrupamentos temporais. Todos os agrupamentos de palavras-chave apresentaram evidências do ajustamento da frequência à lei de Zipf e sinalizaram que os autores dos artigos ampliaram o léxico do campo do HIV/Aids no decorrer dos períodos. Embora a visualização da densidade do léxico e a formação dos cluster demonstrem a diversidade de palavras-chave contidas na pesquisa, se observou uma acentuada centralidade às palavras de natureza óbvia, já que também foram expressões adotadas na estratégia de busca “Aids”; “HIV”; “HIV/Aids”; “Acquired immunodeficiency syndrome”; “Human immunodeficiency virus” e “Brazil”. Os resultados mais significativos puderam ser visualizados com a exclusão destas palavras na formação dos grafos. A pesquisa identificou as palavras-chave do núcleo básico do campo do HIV/Aids em cada período, a partir da definição de uma ocorrência mínima nos agrupamentos. O mainstream de palavraschave é definido pela similaridade dos pares de palavras associadas ao longo do tempo: “Adolescents”; “Antiretroviral therapy”; “Epidemiology”; “Haart”; “Highly active antiretroviral therapy”; “HIV infection”; “HIV infections”; “HIV-1”; “Mortality”; “Opportunistic infections”; “Prevention”; “Prevention & control”; “Socioeconomic factors”; “Tuberculosis”; e “Women”, além das expressões óbvias. O estudo conclui que as palavraschave usadas por autores podem demonstrar aspectos da evolução de uma área de pesquisa, assim como foi observado na pesquisa brasileira em HIV/Aids do período 1993-2013. |