Fatores associados a necessidade de otimização de dose de infliximabe em paciente com doença de Crohn

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Petry, Roberta Cristina
Orientador(a): Flores, Cristina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/231948
Resumo: Introdução: A terapia biológica revolucionou o tratamento das doenças inflamatórias intestinais (DII) aumentando os índices de remissão de doença. Apesar disso, uma porcentagem significativa dos pacientes pode apresentar resposta parcial ou perda de resposta com o passar do tempo. Tais pacientes necessitam de otimização terapêutica, seja por aumento da dose ou redução do intervalo entre as infusões. Objetivos: Identificar os possíveis fatores relacionados a necessidade de otimização de dose de Infliximabe (IFX) em pacientes com Doença de Crohn (DC). Método: Foi conduzida uma coorte retrospectiva com segmento prospectivo, incluindo pacientes com diagnóstico de DC em acompanhamento no Centro de infusões do Hospital Dia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Foram coletados, através de revisão de prontuário e entrevista com o paciente, dados demográficos, variáveis clínicas, laboratoriais, endoscópicas e radiológicas em quatro momentos: no diagnóstico, na indicação do IFX, na semana 14 de tratamento e ao final de 1 ano de tratamento. Resultados: Foram avaliados 121 pacientes. Destes, 58 (47,93%), foram submetidos a otimização da dose de IFX. Ao avaliar se os fatores de pior prognóstico epidemiológicos, clínicos, laboratoriais e endoscópicos se relacionavam com a necessidade de otimização, observou-se diferença estatisticamente significativa entre os grupos (otimizados e não otimizados) em relação a anemia (p=0.019) e manutenção da elevação de proteína C reativa (PCR) na semana 14 (p=0.039). Após o ajuste pelo modelo multivariado apenas a manutenção da elevação da PCR na semana14 2 permaneceu estatisticamente significativa, com risco 119% maior de otimizar o tratamento quando comparados àqueles com PCR normal. Conclusão: Dentre todos os fatores analisados, apenas a manutenção da elevação de PCR acima do limite de normalidade na semana 14 foi associado à necessidade de otimização de dose de IFX. Isso é condizente com a literatura que descreve a semana 14 como um momento ideal de avaliação dos níveis sérico de imunobiológico como preditor de resposta sustentada. Assim, num contexto de saúde pública e na indisponibilidade de dosagem sérica, este marcador inflamatório sérico poderia auxiliar de uma forma fácil e barata a decisão terapêutica.