Impacto da remissão clínica induzida pelo infliximabe nos níveis de atividade física em pacientes com doença de Crohn em atividade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lucca, Fernando de Azevedo lattes
Orientador(a): Chebli, Julio Maria Fonseca lattes
Banca de defesa: Reboredo, Maycon de Moura lattes, Pinto, André Luís Tavares lattes, Ribeiro, Tarsila Campanha da Rocha lattes, Bertges, Klaus Ruback lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8844
Resumo: Introdução: Pacientes com Doença de Crohn têm menor nível de atividade física, fato este associado, pelo menos em parte, com a atividade da doença. Torna-se relevante comparar o nível de atividade física por meio do número de passos diário e a capacidade de exercício antes e após a remissão induzida pela terapia biológica com infliximabe. Objetivo: Determinar o impacto da remissão clínica induzida pelo infliximabe no nível de atividade física e na capacidade de exercício em pacientes com doença de Crohn ativa. Métodos: Estudo prospectivo longitudinal, realizado entre Março/14 e Junho/17, com 44 pacientes com doença de Crohn em atividade, avaliados antes e após 24 semanas do infliximabe. Avaliou-se o nível de atividade física pelo acelerômetro, capacidade de exercício, força muscular periférica e composição corporal. Resultados: Após 24 semanas, 38 (86,4%) pacientes alcançaram remissão clínica pelo infliximabe. Ocorreu aumento de 1092 passos ao dia nos pacientes em remissão (7440 ± 2980 vs. 6348 ± 3177 passos/dia, respectivamente; p=0.006), além de redução significante do tempo inativo em relação à avaliação inicial (454,2 ± 106,3 vs. 427,9 ± 97,8 minutos, respectivamente; p=0,033), porém sem diferença na distância no teste de caminhada, antes e após a terapia biológica. Pacientes respondedores ao infliximabe apresentaram aumento no índice de massa gorda (19,1 ± 7,6 vs. 14,9 ± 5,8; p=0,001). Conclusões: A remissão clínica pelo infliximabe mostrou-se efetiva em elevar o nível de atividade física através do aumento do número de passos e redução do tempo inativo. A manutenção desta remissão associada ao estímulo de exercícios regulares pode contribuir para que se possa atingir o nível recomendado pelas diretrizes de atividade física.