Potências médias emergentes e Cooperação Sul-Sul : uma análise comparada das relações do Brasil e da Índia com Moçambique

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gonçalves, Natália Barbosa Argiles
Orientador(a): Silva, André Luiz Reis da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/187584
Resumo: Este estudo tem como objetivo comparar as relações Brasil-Moçambique e Índia- Moçambique, a fim de explicar de que forma a condição do Brasil e da Índia enquanto potências médias emergentes se inter-relaciona com os seus esforços de aproximação com Moçambique. A pergunta que o trabalho se propõe a responder é: quais as implicações da atenuação da dimensão Sul-Sul na Política Externa Brasileira para a condição do país enquanto potência média emergente? A hipótese central é a de que a cooperação Sul-Sul fortalece a própria condição destes países enquanto potências médias no sistema internacional. Justifica-se o interesse no tema devido à contestação da política de aproximação do Brasil com a África nos últimos anos. Assim, torna-se relevante comparar a atuação brasileira com a de outras potências médias emergentes. Entende-se que o método comparado pode servir de instrumento para a obtenção de novos parâmetros para a avaliação dos resultados da política exterior brasileira. A escolha da comparação com a Índia se deu pela lacuna de estudos sobre este país na academia brasileira e pelas semelhanças com o Brasil, enquanto grande país emergente, com grande população, significativo crescimento econômico nas últimas décadas, forte peso regional e reivindicação por maior participação nos debates centrais da política internacional. A escolha de Moçambique se deu pelo processo de afirmação positiva deste país no contexto africano e por ser de interesse estratégico tanto para o Brasil quanto para a Índia. O estudo considera como variáveis independentes o fato do Brasil e da Índia serem considerados potências médias emergentes. Como variáveis intervenientes, os fatores internos e a política externa de Moçambique. Como variáveis dependentes, as relações destes dois emergentes com Moçambique. O estudo conclui que o padrão encontrado na atuação do Brasil e da Índia é a visão da cooperação Sul-Sul a partir da ideia de Pactos de Desenvolvimento, isto é, a de suprir as necessidades mútuas de desenvolvimento através de instrumentos múltiplos, como a cooperação técnica, o comércio e os investimentos. Estes pactos fortalecem a condição dos emergentes enquanto potências médias ao ampliar a sua influência política, econômica e o seu reconhecimento internacional. O esfriamento das relações do Brasil com Moçambique e com a África enfraquece a posição do país nessas três dimensões.