Cooperação Sul-Sul em biocombustíveis: interesses e contradições da Política Externa Brasileira em Moçambique (2003-2015)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ribeiro, Renata Albuquerque
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12378
Resumo: No início do século XXI, o tema das energias renováveis ganhou proeminência na agenda internacional, bem como na política externa brasileira (PEB). Ao mesmo tempo, a chamada política externa "ativa e altiva" de Lula da Silva apresentou um aumento considerável nos projetos cooperação internacional para o desenvolvimento, seguindo um movimento mais amplo de expansão de um Sul Doador . Esta tese de doutorado analisa a PEB durante os governos Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2015) no que diz respeito à cooperação internacional para o desenvolvimento em biocombustíveis com países africanos. Assim, esta pesquisa tenta responder à questão principal O que explica o sucesso e fracasso do protagonismo brasileiro na promoção dos biocombustíveis nos anos 2000?" Como objetivos deste trabalho, constam: refletir criticamente sobre a posição brasileira para promoção dos biocombustíveis, e descrever e analisar as principais características, atores, resultados e desdobramentos dos projetos de Cooperação Sul-Sul, utilizando Moçambique como estudo de caso. A principal hipótese é que a PEB para biocombustíveis é resultado de um momento específico que conjugou um cenário internacional propenso aos biocombustíveis e atuação assertiva do Brasil, juntamente com o forte envolvimento do agronegócio (setor auto interessado nos projetos) na formulação e elaboração da política externa, ou seja, no processo decisório da PEB. Quanto aos aspectos metodológicos foram utilizados recursos provenientes da metodologia qualitativa: revisão bibliográfica, análise de fontes documentais, pesquisa de campo em Moçambique e entrevistas semi estruturadas. A conclusão retoma o debate sobre a repetição de erros provenientes da cooperação tradicional (norte-sul), sobre as desigualdades nas relações de poder neste início do século XXI e sobre a necessidade de participação de atores sociais na formulação dessas políticas.