Ordem e clareza formal em arquitetura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Villar, Hevelyn Hilda Baer Barbosa
Orientador(a): Mahfuz, Edson da Cunha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/164779
Resumo: A observação minimamente atenta às cidades contemporâneas revela uma realidade desintegrada, turbulenta e caracterizada por ruídos ensurdecedores. Diante desse cenário, o arquiteto depara-se com excessiva liberdade projetual. A falta de critérios formais adequados e de um quadro de referência, estético e histórico, permitem-lhe criar a partir do nada, de uma folha em branco. Esse processo projetual tem resultado em objetos arbitrários, cujas formas aleatórias têm pouca, ou nenhuma, relação com arquitetura. A banalidade do processo projetual e a necessidade de se reestabelecerem bases sólidas na arquitetura motivam esta tese. Já observara Le Corbusier que a desordem causa inquietação do espírito. A impossibilidade de percepção visual da ordem reforça a crise disciplinar da arquitetura contemporânea. Desse modo, o objetivo primordial desta pesquisa é investigar, quanto à clareza formal, um critério de projeto capaz de contribuir para a percepção visual da ordem e para a identificação da formalidade. O trabalho estrutura-se a partir de princípios básicos de arquitetura: a forma compreendida como estrutura organizada, derivada de um sistema de relações entre as partes, e arquitetura definida como síntese das necessidades do programa, das sugestões do lugar e da disciplina da construção. Sobre estes dois conceitos, fundamenta-se a investigação dos critérios, das estruturas formais e dos aspectos projetuais que contribuem para a ordem e para a clareza formal. A análise bibliográfica e a observação de projetos de arquitetura auxiliaram na identificação de três critérios essenciais e complementares: universalidade, sistematicidade e tectonicidade. Obras dos arquitetos suíços modernos, Werner Frey e Jacques Schader, e do arquiteto espanhol contemporâneo, Javier García- Solera, ilustram e reforçam os princípios abordados pela pesquisa e colaboram na construção de repertório estético e histórico de projeto. Acredita-se que a identificação e a compreensão dos critérios de ordem e de clareza formais sejam fundamentais para a recuperação da capacidade intelectual e visual em arquitetura. Somente assim, dotado de juízo estético, o arquiteto conseguirá afastar-se da banalidade projetual contemporânea e produzir arquitetura coerente e dotada de identidade formal.