Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Tononi, Larissa Lanes |
Orientador(a): |
Duarte, Lauren da Cunha |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/189205
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Resumo: |
O quartzo incolor pode desenvolver diversas cores ao ser exposto à radiação gama. Uma dessas cores é o verde acinzentado desenvolvido em cristais de quartzo incolor hospedados em geodos alojados em rochas vulcânicas do Grupo Serra Geral. A geração desta cor está associada ao conteúdo de água presente na estrutura cristalina do quartzo, sendo ativada sob radiação gama. A mineralização está relacionada a um sistema hidrotermal, que aporta água, e deste modo gera a condição cristaloquímica para o desenvolvimento da cor verde. Nesta pesquisa, foram coletadas amostras de cristais de quartzo incolor, que preenchem geodos, alojados em riodacitos do Grupo Serra Geral, especificamente nas regiões de Nova Bréscia e Progresso, no Rio Grande do Sul. O objetivo é investigar a potencialidade de mudança de incolor para verde. As amostras foram analisadas na região do infravermelho, seguida da aplicação do método do Fator de Ametista (fa) e análise termogravimétrica (TGA). Todas as amostras apresentaram um pico de absorção em 3585 cm-1 e uma ampla banda que variou entre 3445-3428 cm-1. Absorções nestes comprimentos de onda indicam que as amostras desenvolverão a cor verde ou violeta. Após a exposição à dose de 900 kGy todos os cristais modificaram a cor. Algumas amostras desenvolveram zonação de cor ao longo do cristal: (1) do incolor ao verde acinzentado e (2) do verde acinzentado ao levemente violáceo. Amostras de Nova Bréscia (grupo NB1) desenvolveram zonação de cor variando do esverdeado para o incolor, seguido de ametista, que ocorre como um cristal fantasma na porção apical, e novamente incolor. Amostras do grupo NB3 desenvolveram coloração verde acinzentada mais uniforme, com apenas uma das amostras com zonação pervasiva entre o cinza e o esverdeado. Nas amostras de Progresso (do grupo PRa-II) houve zonação de cor entre incolor/levemente acinzentado e cinza esverdeado; para outros grupos de amostras (grupos PRa-IA; PRb) a cor cinza esverdeada ficou mais uniforme, apresentando pouco contraste com leve zonação entre o verde e acinzentado. Portanto, as amostras de quartzo incolor da região de Progresso e Nova Bréscia são passíveis de mudança de cor sob radiação gama, desenvolvendo principalmente o verde acinzentado e, subordinadamente, violeta. Com o resultado da irradiação, constatou-se que a composição do fluido mineralizante variou durante o processo de cristalização do quartzo, dada a zonação de cor descrita para a maioria dos cristais. As análises de TGA indicam alto conteúdo de água em amostras que permaneceram incolores/levemente acinzentadas após a irradiação. Com isto, sugere-se que o excesso de água estrutural possa inibir o desenvolvimento da cor verde através da radiação gama em cristais de quartzo incolor. |