Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Rohr, Roberta Agostini |
Orientador(a): |
Jahnke, Simone Mundstock |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/203826
|
Resumo: |
Parasitoides das famílias Braconidae e Figitidae são importantes agentes de regulação populacional em sistemas naturais e agrícolas com espécies utilizadas em programas de controle biológico das moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae). Muitos aspectos das relações dos parasitoides com seus coespecíficos e seus hospedeiros, no entanto, ainda não são conhecidos. Assim, este trabalho avaliou a influência dos hospedeiros de origem, Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (AF) e Ceratitis capitata (Wiedemann, 1824) (CC) no parasitismo de Aganaspis pelleranoi (Brèthes, 1924) (AP) e Doryctobracon areolatus (Szépligeti, 1911) (DA), parasitoides nativos; mensurou a preferência e capacidade de parasitismo de Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead, 1905) (DL), exótico, em larvas de diferentes ínstares de A. fraterculus e C. capitata; e, investigou a competição intra e interespecífica entre os parasitoides, D. longicaudata e A. pelleranoi no hospedeiro A. fraterculus. Os bioensaios foram realizados com insetos provindos de criações de laboratório, em ambientes com condições controladas, em arenas. Para avaliar a influência do hospedeiro de origem, foram realizados testes de dupla escolha, oferecendo-se as larvas das duas espécies de moscas aos parasitoides com diferentes origens. A preferência por ínstar de D. longicaudata foi avaliada através de dois testes de múltipla escolha, o primeiro foi realizado oferecendo-se um ínstar por vez, com escolha entre os hospedeiros, e o segundo foi realizado oferecendo os três ínstares de uma única espécie hospedeira. A competição foi avaliada em diferentes regimes de exposição dos hospedeiros para as duas espécies (DL e AP), sendo oferecidas a somente uma espécie em uma única ocasião, a um coespecífico em duas ocasiões, ou às espécies competidoras, em duas ocasiões, alternando-se a ordem de oferecimento. O parasitoide A. pelleranoi teve preferência pelos hospedeiros de origem, mas alterou a preferência após passar uma geração pelo hospedeiro alternativo e D. areolatus demostrou preferência somente ao hospedeiro AF; a razão sexual foi desviada para machos em A. pelleranoi em ambos hospedeiros e para D. areolatus com origem em CC. Em relação ao ínstar preferencial, no teste de escolha simples constatou-se em D. longicaudata maior número de xiii parasitoides emergidos e de pupários parasitados em larvas de primeiro e segundo ínstar do hospedeiro AF e, para CC, não houve diferença nos ínstares testados. No teste de múltipla escolha, as médias de pupários parasitados e parasitoides emergidos foram maiores em larvas de segundo ínstar para AF, e para CC, foi maior em larvas de segundo e terceiro ínstar. Na competição entre D. longicaudata e A. pelleranoi, as médias de pupários parasitados e parasitoides emergidos foram maiores nos tratamentos em que os hospedeiros foram oferecidos primeiramente à DL, sendo expostos posteriormente a um coespecífico ou a AP. Quando os hospedeiros foram submetidos somente uma vez aos parasitoides, a razão sexual foi desviada para machos, mas quando expostos duas vezes, exceto para a prole de D. longicaudata em AP-DL, um maior número de fêmeas foi gerado O índice de parasitismo foi maior para DL tanto em regime individual de exposição, quanto na competição com AP, independentemente da ordem de oferecimento. Registrou-se correlação positiva entre a média de cicatrizes de oviposição e a média de parasitoides e de fêmeas emergidos. Esta tese evidencia que o hospedeiro de origem é importante para a escolha do hospedeiro, podendo ser alterada em apenas uma geração, o que pode facilitar a criação em laboratório e a utilização no controle biológico. Além disso, D. longicaudata não possuí um ínstar preferencial, parasitando qualquer ínstar das duas espécies testadas, podendo competir com parasitoides que apresentam especificidade por ínstares iniciais. Considerando a competição entre D. longicaudata e A. pelleranoi foi evidenciado que pode haver uma supressão da espécie nativa quando ambos parasitam a mesma larva. Para a implementação de programas de controle biológico é importante ter o conhecimento das espécies nativas existentes no ambiente, e se existem barreiras abióticas e/ou bióticas que possam auxiliar na divisão dos nichos, cuidados que podem auxiliar para que não haja desequilíbrio ambiental, com a inclusão de D. longicaudata no campo. |