Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Karina Jobim |
Orientador(a): |
Nava, Dori Edson |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Entomologia
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Departamento: |
Instituto de Biologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5350
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Resumo: |
Doryctobracon areolatus (Szépligeti, 1911) (Hymenoptera: Braconidae) é um endoparasitoide cenobionte, nativo da região Neotropical e possui como hospedeiro preferencial, larvas de segundo instar do gênero Anastrepha, onde sua eficiência de parasitismo pode chegar a 80% em condições naturais. Nos últimos anos estudos referentes à biologia e multiplicação foram realizados, no entanto, ainda não existem pesquisas relacionadas a sua biologia reprodutiva. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi conhecer a biologia e o comportamento reprodutivo relacionado à cópula e oviposição de D. areolatus, utilizando-se como hospedeiro larvas de A. fraterculus. As criações de manutenção dos insetos e a realização dos experimentos foram conduzidos no Laboratório de Entomologia da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, Rio Grande do Sul, sob condições controladas de temperatura (25±2 oC), umidade relativa do ar (70±10 %) e fotofase (12 horas). Foram realizados experimentos para verificar a sequência de emergência entre machos e fêmeas, verificando a possível ocorrência de protandria em D. areolatus. Foram realizados experimentos para verificar a influência da idade dos insetos na reprodução, assim como a importância da cópula para a geração de descendentes, tempo de duração da cópula, verificação de ocorrência de poligamia e monogamia na espécie, além da observação da frequência de cópula ocorrida durante 24h. Foi comprovada a ocorrência de protandria em D. areolatus, sendo a razão sexual de 0, 0,06, 0,62, 0,87, 0,98, 1,0, e 1,0 para o 10, 20, 30, 40, 50, 60 e 70 dias de emergência, respectivamente, totalizando uma razão sexual de 0,61. Casais em que as fêmeas são mais jovens, originam uma maior quantidade de fêmeas, tendo, portanto, uma maior razão sexual. Fêmeas virgens só geram descendentes machos, por partenogênese arrenótoca, diferentemente do que ocorre com as fêmeas acasaladas, onde geram machos e fêmeas, sendo a média de 30,4 para fêmeas fecundadas e 14 para fêmeas virgens, denotando média muito maior do que as fêmeas que não acasalaram, sendo a razão sexual 0,63 para as fêmeas fecundadas. Dentre as observações para a determinação de ocorrência de poligamia e monogamia observou-se que 40% do total dos machos acasalaram mais de uma vez, enquanto as fêmeas acasalaram uma única vez. No entanto, de acordo com experimento que verificou a frequência de cópula durante 24h, observou-se que mesmo as fêmeas sendo monogâmicas, ocorrem múltiplas cópulas. O tempo de duração da 1ª cópula não diferiu significativamente da segunda, embora exista uma redução de 6,53 seg. D. areolatus possui as atividades reprodutivas durante o período da fotofase, sendo considerada uma espécie diurna. Comparando a frequência de cópula e recópula entre os casais, considerando a influência da alimentação para o macho, observa-se que dentre os machos alimentados somente na hora do pareamento, 60% não copularam durante o período de 24h de observação. Dentre os machos alimentados previamente, ocorreram 57 tentativas de cópula, enquanto nos machos alimentados durante o experimento ocorreram 24 tentativas de cópula em um período de 24h de observação. Desta forma, os resultados deste trabalho contribuem para ampliar o conhecimento básico sobre a biologia reprodutiva de D. areolatus, visto que conhecer as estratégias reprodutivas é importante para o estabelecimento de um programa de controle biológico. |