Camarões do gênero Thor Kingsley, 1878 (DECAPODA: CARIDEA) : redescrição de Thor manningi Chace, 1972 e descrição de nova espécie baseada em dados morfológicos e moleculares

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Kochenborger, Ana Paula Leite
• Orientador(a): Terossi, Mariana
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Thor Kingsley; Thor manningi Chace; Chave de identificação; Espécies crípticas; Atlântico, Oceano
• Palavras-chave em Inglês: Identification key; Atlantic Ocean; Cryptic species; COI; 16S
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/212100

Thor manningi possui uma ampla distribuição atlântica, sendo a única dentre as 15 espécies de camarões do gênero Thor que possui um vasto registro de ocorrência no Brasil. Este gênero possui um histórico taxonômico complicado e, recentemente, análises moleculares verificaram a existência de espécies crípticas ao longo da grande distribuição de Thor amboinensis . Como os espécimes brasileiros nunca foram estudados, apenas o seu registro de ocorrência foi reportado, este trabalho realiza uma revisão taxonômica de T. manningi , incluindo espécimes oriundos do Mar do Caribe e do Brasil, a partir de dados morfológicos e moleculares, para verificar a possível existência de espécies crípticas ao longo de sua distribuição. As reconstruções filogenéticas (Verossimilhança e Análise Bayesiana) e divergências genéticas (distância-p) foram baseadas em dois genes mitocondriais (16S e COI) e revelaram a existência de duas linhagens distintas incluindo os espécimes previamente identificados como T. manningi : uma restrita ao Panamá e a outra com espécimes do Panamá e do Brasil. A partir da comparação morfológica com o espécime-tipo, verificou-se que a linhagem com espécimes do Brasil e do Panamá corresponde a T. manningi e a ampla distribuição atlântica foi confirmada para a espécie. Características morfológicas confirmaram que a outra linhagem representa uma nova espécie de Thor , que é descrita no presente estudo e pode ser separada de T. manningi pelos dentes na região supraorbital e na margem anteroventral da carapaça.