Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Sonza, Anelise |
Orientador(a): |
Achaval-Elena, Matilde |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/108943
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Resumo: |
O estímulo vibratório gerado pela utilização das plataformas vibratórias tem sido aplicado como método eficaz para promover desempenho esportivo e também na reabilitação de pacientes com diversificadas disfunções. Acredita-se que a vibração de corpo inteiro (VCI) é capaz de diminuir os déficits de ativação muscular voluntária através de reflexos de estiramento neuromuscular, tornando-se um meio eficaz e de fácil aplicabilidade para pacientes com maiores incapacitações. Resultados controversos na literatura, com relação aos benefícios dos estímulos vibratórios, tornam a escolha dos parâmetros do equipamento (frequência, amplitude, tempo de exposição e modo de vibração) um desafio na obtenção dos melhores resultados. Assim, o objetivo desta tese visa a avaliação dos efeitos fisiológicos agudos da vibração de corpo inteiro (sensibilidade cutânea tátil e dolorosa, equilíbrio, temperatura superficial da pele, transmissibilidade da vibração) e a construção de um mapa de percepção corporal da VCI. Foram utilizados diferentes parâmetros e marcas desses equipamentos. Para investigar cada variável, quatro diferentes estudos foram realizados separadamente. O primeiro estudo investigou os efeitos da VCI na sensibilidade cutânea vibratória medidos a 30 Hz (corpúsculos de Meissner) e 200Hz (corpúsculos de Pacini) e de toque-pressão dos pés de 20 sujeitos normais e o tempo de duração dos efeitos da vibração nesses receptores. Como principais resultados, foram constatadas que as descargas aferentes dos mecanorreceptores de adaptação rápida foram fortemente afetadas pela vibração assim como a sensibilidade de toquepressão. Após 10 min de exposição à VCI o tempo de recuperação para a sensibilidade voltar aos limiares basais nos pés foi entre 2 e 3 h. Para continuar elucidando os efeitos agudos pós-exercício com vibração, um segundo estudo foi realizado avaliando variáveis fisiológicas em quatro diferentes frequências de exposição de VCI (30, 35, 40, 44 Hz). Foram avaliadas pressão arterial, frequências cardíaca e respiratória, temperatura axilar e a temperatura cutânea através de termografia por infravermelho dos membros inferiores dos 24 participantes avaliados. Por fim, o equilibro desses indivíduos foi avaliado através das análises dos deslocamentos, da velocidade e da área do centro de pressão (COP), em uma plataforma de força. Os dados do segundo estudo mostraram que, para as frequências de 40 e 44 Hz do equipamento, houve uma alteração significativa para as variáveis velocidade e comprimento ântero-posterior do centro de pressão. Além disso, durante a vibração e 10 min após, a temperatura dos membros inferiores foi reduzida, provavelmente em virtude da vasoconstrição gerada. Na investigação da sensibilidade dolorosa um terceiro estudo foi proposto, tendo em vista que as vias dos mecanorreceptores de sensibilidade cutânea tátil diferem daqueles relacionados com a sensibilidade dolorosa. Um modelo de dor crônica com ratos Wistar foi realizado e os animais foram tratados com VCI, esteira e a combinação de esteira com VCI. Como principais resultados deste estudo, os grupos tratados com VCI mostraram redução significativa da sensibilidade de toque-pressão após todas as sessões em comparação aos demais grupos. Efeitos analgésicos através do tempo de latência medidos com o hot plate foram encontrados após o terceiro dia de tratamento com 5 min de exposição por dia à VCI, nos primeiros 5 dias e 10 min nos 5 dias subsequentes. Como finalização das variáveis de interesse, o último estudo combinou dados quantitativos advindos da acelerometria (com medições na cabeça, quadril e tíbia) com dados qualitativos através da escala de Borg. Sessenta e cinco adultosjovens foram avaliados e este estudo propôs um método para escolher os diversificados parâmetros da plataforma vibratória, para alcançar os efeitos desejados na reabilitação ou desempenho esportivo. Este estudo mostrou que os índices de percepção de severidade medidos através da escala de Borg corresponderam com os dados quantitativos da acelerometria e assim os parâmetros do equipamento podem ser escolhidos com base na sensação subjetiva proveniente da escala de Borg. Os níveis de desconforto no equipamento podem estar relacionados com a frequência de ressonância das diferentes partes do corpo. Futuros estudos devem considerar aplicações clínicas da plataforma vibratória em pacientes com dor crônica musculoesquelética utilizando o modelo para escolha dos parâmetros do equipamento proposto nesta tese. |