Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1996 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Joao Batista Teixeira da |
Orientador(a): |
Souza, Diogo Onofre Gomes de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/275870
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Resumo: |
Microssomas de cérebro de ratos acumulam Ca2+ contra-gradiente através da hidrólise do ATP. O transporte de Ca2+ não é modulado pelos cátions monovalentes K+, Na+ ou Li+. A captação de Ca2+ e a atividade Ca2+ ATPásica dos microssomas foram inibidas pelos polissacarídeos sulfatados: heparina, condroitim fucosilado e sulfatado, dextran sulfato 8.000 e dextran sulfato 500.000. O IC50 (concentração de inibidor necessária para inibir 50% da captação ou atividade ATPásica) destes polissacarídeos ficou entre 0.5 à 8.0 ~Lg/ mi. A inibição foi antagonizada por KCI e por NaCI, sendo o LiCI inefetivo. Em conseqüência, o transporte de ca2+ pelos microssomas cerebrais, que na ausência de polissacarídeos sulfatados não era modulado pelos cátions monovalentes, tornou-se extremamente sensível a presença destes cátions. A trifluoperazina em doses relativamente baixas (até 80 μM) estimulou o transporte de Ca2+ em cérebro, mas inibiu este processo quando testada em concentrações mais elevadas. Em músculo e plaquetas a trifluoperazina apenas inibiu o transporte de Ca2+. A Ca2+ ATPase de todas as preparações foi inibida por trifluoperazina, embora a concentração necessária para causar tal efeito tenha sido maior do que aquela que inibia o transporte de Ca2+. O efluxo passivo (medido na ausência de substratos e ligantes da Ca2+ ATPase) foi estimulado pela trifluoperazina (50 μM a 150 μM), sendo este efeito potencializado pela heparina (10 μ/ml), mesmo na presença de KCI. Propussemos que a modulação da isoforma de Ca2+ ATPase expressa em cérebro por polissacarídeos sulfatados e por trifluoperazina é distinta daquela observada em vesículas derivadas de músculo esquelético de contração rápida e de plaquetas. No segundo artigo investigamos o efeito dos polissacarídeos sulfatados e do pH sobre o transporte de Ca2+ + em microssomas de cérebro, especialmente sobre o efluxo de Ca2+ de vesículas pré-carregadas. A adição de polissacarídeos sulfatados, após o transporte de Ca2+ ter atingido o estado estacionário, promoveu uma liberação do Ca2+ previamente captado. Esta liberação foi antagonizada pelo K+. Todavia (à pH 7.0) , a adição de heparina (até 100 μg/ml ) , dextran suIfato 8,000 (até 8 μg/ml) e chodroitim fucosilado sulfatado (até 10 μg/ml) não estimulou o efluxo unidirecional de Ca2+ (medido na ausência de substratos e ligantes da Ca2+ ATPase) medido em microsomas de cérebro. O efluxo unidirecional de Ca2+ medido na presença de EGTA e à pH 6.0 foi cerca de 2 vezes maior do que o observado a pH 7.0. Em pH ácido (6.0) os polissacarídeos sulfatados promoveram um aumento considerável no efluxo unidirecional de Ca2+. O dextran sulfato 500.000 estimulou o efluxo unidirecional de Ca2+ independentemente do pH do meio. O KCI antagonizou o efeito de todos os polissacarídeos sulfatados testados. A potência inibitória da heparina, dextran sulfato 8,000 e do condroitim fucosilado sobre o transporte de Ca2+ por microsomas cerebrais aumentou com a diminuição do pH do meio. De modo similar ao observado na experiências de efluxo unidirecional, o efeito do dextran sulfato 500. 000 não foi afetado pelo pH do meio. |