Sistemas integrados de produção agropecuária : estabilidade produtiva frente a variabilidade das condições meteorológicas no Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Castro, Juliane Machado de
Orientador(a): Bremm, Carolina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/233174
Resumo: Este trabalho consistiu na avaliação de um sistema integrado de produção agropecuária (SIPA) de longo prazo (14 anos), composto por duas fases distintas. Fase pecuária: azevém anual (Lolium multiflorum Lam.) submetido ao pastejo de cordeiros no inverno/primavera; Fase lavoura: monocultura de soja (Glycine max L. Merr) e rotação soja-milho (Zea mays L.) em sistema de plantio direto no verão/outono. O experimento foi realizado na Estação Experimental Agronômica (EEA), pertencente a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), localizado no município de Eldorado do Sul, Brasil. O experimento foi delineado em blocos completos casualizados em arranjo fatorial 2 x 2 balanceado, utilizando dois métodos de pastoreio (contínua e rotativo) e duas intensidades de pastejo (baixa e moderada). O primeiro estudo (capítulo II) avaliou a relação dos eventos meteorológicos adversos à produção de ovinos em pastagem e lavoura de soja no sul do Brasil com a produtividade do SIPA manejado com diferentes métodos de pastoreio e intensidades de pastejo na fase pecuária. O percentual de dias quentes (temperatura do ar máxima acima da média mensal histórica + 2 DP) e dias consecutivos de onda de calor (Período máximo > 5 dias consecutivos com temperatura máxima > 5°C da média mensal histórica) reduziram a produção de proteína do sistema, porém, de forma isolada, os mesmos mostraram efeitos distintos para cada fase. Os dias chuvosos (Porcentagem de dias com precipitação pluvial acima da média mensal histórica + 2 DP) proporcionaram aumento na produção de proteína do sistema, tendo efeitos positivos sobre a produtividade da lavoura de soja. os métodos de pastoreio e intensidades de pastejo não influenciaram na produção de proteína do sistema. O segundo estudo (capítulo III) avaliou a influência do método de pastoreio e intensidade de pastejo na estabilidade da produção de energia metabolizável do SIPA (carne e grãos). O método de pastoreio não afetou a estabilidade temporal da produção de energia metabolizável da forragem e da produção animal durante a fase pecuária, porém a intensidade de pastejo baixa se mostrou mais estável para ambas. Para a estabilidade da fase lavoura e do sistema, não foi observada influência dos métodos de pastoreio e das intensidades de pastejo. O uso de baixa intensidade de pastejo sob lotação rotacionada ou contínua proporcionou maior estabilidade da produção de energia metabolizável do SIPA na fase pecuária ao longo do tempo, não afetando estabilidade da fase lavoura e do sistema.