À Beira do vazio : investigações pictóricas sobre o espaços

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bastos, Fernanda Valadares de Sampaio
Orientador(a): Rey, Sandra Terezinha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/122552
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo investigar minha produção em pintura encáustica, com foco no processo de feitura. Inicialmente procuro abarcar os aspectos visíveis do trabalho, como as especificidades dessa técnica de pintura com cera de abelhas e sua utilização ao longo da história, com sucessivos períodos de esquecimento e redescoberta, desde a Grécia Antiga. Apresento um levantamento de suportes, ferramentas necessárias e receitas do medium, assim como das particularidades formais e construtivas de minha produção pictórica, como planos, camadas e brancos. O espaço é o ponto central manifesto no trabalho, que se desenvolve a partir do binômio espaço construído, espaço absoluto. São representados ambientes arquitetônicos, lugares ligados ao sistema das artes como museus e galerias, mas também montanhas e horizontes, esvaziados. Ao longo do processo de construção das pinturas de dimensões generosas, o espaço se manifesta não apenas na representação, como através do estado mental. São observados os meandros do espaço interno, que se mantém no presente ou divaga, enquanto o corpo vai erigindo o espaço pictórico. A Teoria dos Incorporais no Estoicismo Antigo de Émile Bréhier, dá suporte à exploração às camadas subjacentes desse processo, que abrange questões relativas ao vazio, ao lugar, ao tempo e a um aspecto de imanência, perceptível pelo exprimível. O corpo de trabalho, portanto, repousa parte no tangível, parte no sensível, que vão se alternando, se suturando ao longo do percurso. Por fim, a pintura não é apenas a matéria que se encerra nas duas dimensões do suporte, mas as possibilidades decorrentes da experiência contemplativa do fazer.