Utilização do extrato enriquecido em isoflavonas do trevo-vermelho (Trifolium pratense L.) como nova estratégia terapêutica para artrite reumatoide

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lora, Priscila Schmidt
Orientador(a): Xavier, Ricardo Machado
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/194297
Resumo: Introdução: O trevo-vermelho (Trifolium pratense L.) é uma importante leguminosa que contém as isoflavonas genisteína, dadizeína, formononetina e biochanina A em maiores concentrações. Diversos benefícios à saúde humana já foram demonstrados pelo uso destas isoflavonas isoladamente ou pelo extrato do trevovermelho em aspectos como terapia de reposição hormonal, terapia anticâncer, agente antioxidante e regulador do metabolismo. Alguns trabalhos também apontam o papel destes compostos como anti-inflamatórios. Entretanto seu uso como antiinflamatório administrado via oral em modelos animais de inflamação ainda não foi demonstrado. Ainda, sabe-se que as isoflavonas bioativas encontradas no trevovermelho são altamente polares, dificultando assim sua absorção. Por isso, modificações na apresentação farmacêutica dessas moléculas como complexação a ciclodextrinas, incorporações em óleos ou emulsões pode auxiliar na absorção. E por fim, essa melhora na farmacocinética da droga pode aumentar a sua eficácia. Objetivos: Nosso objetivo neste trabalho foi explorar o uso do extrato enriquecido do trevo vermelho complexado com ciclodextrinas como terapia anti-inflamatória em um modelo animal de artrite e em modelo inflamatório e imunomodulador in vivo e in vitro.Métodos: A preparação do extrato seco de trevo-vermelho utilizado neste estudo é resultado de um trabalho prévio realizado pelo laboratório de Farmacognosia da Faculdade de Farmácia (UFRGS). O modelo in vivo de inflamação utilizado foi o modelo de monoartrite foi induzido por proteína bovina metilada (mBSA). administrações semanais do antígeno foram feitas subcutâneamente por três semanas com adjuvante e por fim o desafio intra-articular foi feito com a proteína. Os animais foram tratados dois dias antes do desafio intraarticular com o extrato total do trevo-vermelho complexado ou não a ciclodextrinas a cada 12h. A avaliação da inflamação deste modelo foi feita pela migração de neutrófilos para a articulação 24h após o desafio intra-articular e a nocicepção (representando a percepção de dor) medida entre o período do desafio intra-articular e a morte dos animais nos tempo (0h – desafio, 1h, 3h, 6h e 24h). Ainda, in vitro o modelo utilizado foi proliferação de linfócitos. Nesses experimentos, o extrato foi administrado tanto com um tratamento direto sobre os linfócitos em cultura (experimentos in vitro) quanto com linfócitos retirados dos animais tratados com o extrato via oral (experimentos ex vivo). Por fim, ensaios de citotoxicidade foram realizados para verificar a viabilidade celular do extrato sobre linfócitos. Resultados: O extrato do trevo-vermelho demonstrou efeito anti-inflamatório quando administrado via oral em modelo animal de artrite (in vivo) Isso foi demonstrado por redução de migração de células inflamatórias pela redução da dor Ou em modelo inflamatório de cultura de células (in vitro e ex vivo). Demonstrado pela redução da proliferação de linfócitos Complementarmente comprovamos por ensaios de citotoxicidade que o extrato utilizado não apresenta danos às células. Por fim, utilizando processos de tecnologia farmacêutica, demonstramos que a quando complexado a cliclodextrina o extrato do trevo vermelho apresenta maior eficácia. Conclusão: O extrato total do trevo-vermelho demonstrou ser uma possível alternativa terapêutica para o tratamento de doenças inflamatórias. Ainda, a complexação com ciclodextrina demonstrou maior eficácia do extrato. Esse achado foi capaz de gerar uma patente sobre o uso deste extrato do trevo-vermelho complexado com ciclodextrinas em processos inflamatórios.