Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Brighente, Samanta |
Orientador(a): |
Saute, Jonas Alex Morales |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/223213
|
Resumo: |
Introdução: As Paraparesias Espásticas Hereditárias (PEH) são um grupo de doenças monogênicas neurodegenerativas que levam à deterioração lenta da locomoção. As escalas clínicas parecem ter baixa sensibilidade na detecção da progressão da doença, tornando a busca por biomarcadores adicionais uma tarefa fundamental. Objetivo: avaliar o papel dos potenciais evocados como biomarcadores de doenças nas PEHs. Métodos: foi realizado um estudo caso-controle transversal de centro único, no qual foram avaliados 18 indivíduos com diagnóstico molecular de PEH e 20 controles saudáveis. Os potenciais evocados motores (PEM) obtidos através de estimulação magnética transcraniana e os potenciais evocados somato-sensitivos (PESS) foram avaliados nos membros inferiores (MI) e superiores (MS) em ambos os grupos. Resultados: O tempo central de condução motora nos membros inferiores (TCCM-MI) foi prolongado ou ausente em 100% (18/18) dos indivíduos com PEH, com marcada redução nas amplitudes quando comparado ao grupo controle (p<0,001 para ambas as comparações). O TCCM-MS foi 3,59ms maior (IC 95%: 0,73 a 6,46; p=0,015) e as amplitudes foram reduzidas (p = 0,008) no grupo PEH. As latências do PESS-MI foram prolongadas em indivíduos com PEH quando comparados aos controles (p<0,001), sem diferenças estatisticamente significativas para as latências do PESS-MS (p=0,147). As latências do PESS-MS e PESS-MI apresentaram correlações moderadas a fortes com a idade de início dos sintomas (Rho=0,613; p=0,012) e a duração da doença (Rho=0,835; p<0,001), respectivamente. Resultados semelhantes foram obtidos para os subgrupos de pacientes com SPG4. Conclusão: Os potenciais evocados motores e somato-sensitivos apresentaram validade discriminatória adequada, distinguindo casos e controles. Os PEMs foram gravemente afetados e as latências dos PESS-MI foram prolongadas, com maiores latências sendo relacionadas a doença mais grave. Futuros estudos longitudinais devem avaliar se o TCCM em estágios iniciais da doença e as latências do PESS serão biomarcadores sensíveis para detectar a progressão de doença nas paraparesias espásticas hereditárias. |