Desafios e propostas para a informatização da Atenção Primária no Brasil na perspectiva do prontuário eletrônico do e-SUS AB

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pilz, Carlos
Orientador(a): Hugo, Fernando Neves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/148252
Resumo: As evidências têm demonstrado que a incorporação de ferramentas de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) potencializam a comunicação entre os diversos serviços e níveis de atenção à saúde. Além disso, a incorporação de internet e computador nos serviços de saúde pode aumentar sua eficiência e sua eficácia. O Brasil recentemente implantou um novo Sistema de Informação em Saúde da Atenção Básica (SISAB), sendo o e-SUS AB sua principal estratégia de operacionalização. Oferece, para os municípios que possuem Unidades Básicas de Saúde (UBS) informatizadas, um software público denominado Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC). Assim, o objetivo desse trabalho foi identificar o cenário de informatização da APS brasileira para implantação do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) do e-SUS AB. O primeiro manuscrito apresenta dados a respeito da presença e distribuição de equipamentos de TIC para a prática clínica de APS através da análise dos dados do segundo ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). Apresenta ainda proposta de uma classificação das Unidades Básicas de Saúde (UBS) segundo seu grau de informatização para implantação do PEC. Os resultados mostram uma situação preocupante no que tange a difusão de equipamentos de TIC no âmbito da APS no Brasil, sendo que das 24.054 UBS participantes do 2º ciclo do PMAQ, 2.042, (8,49%) podem ser consideradas informatizadas, 4.055 (16,86%) parcialmente informatizadas e 17.957 (74,65%) não informatizadas. O percentual de consultórios informatizados por categoria profissional é: 11,8% no consultório do médico, 18,5% no consultório de enfermagem e 10% para o caso dos cirurgiões-dentistas. Os dados mostram que investimentos em políticas de informatização dos serviços de APS precisam ser realizados. O segundo manuscrito apresenta dados sobre a implantação de PEC por UBS do Rio Grande do Sul e tem como objetivo avaliar a associação entre a implantação do Prontuário Eletrônico do e-SUS AB e a participação em atividades de apoio promovidas por um Núcleo de Telessaúde junto às equipes de APS do RS. Trata-se de um estudo do tipo coorte retrospectiva. As intervenções realizadas pelo TelessaúdeRS/UFRGS compreendiam uma dimensão pedagógica (treinamento em serviço, workshops e webpalestras) e uma dimensão de suporte (teleconsultorias). A população foi composta pelas 1.894 UBS que realizaram o envio de dados para o SISAB no período de setembro a novembro de 2015. Desse total, 952 contaram com atividades de apoio do TelessaúdeRS/UFRGS enquanto 942 não receberam. Os resultados mostram que o apoio é efetivo já que 86,1% das UBS que utilizam PEC, participaram de atividades desenvolvidas pelo núcleo. A abordagem multidimensional, pedagógica + suporte, mostrou melhores efeitos que a unidimensional (somente pedagógica, com treinamento): 70,1% dos municípios que participaram da combinação treinamento e teleconsultoria passaram a utilizar o prontuário. Na análise dos tipos de treinamentos ofertados, a modalidade treinamento em serviço produziu melhores efeitos, na medida em que 88,1% das UBS participantes utilizaram o PEC.