Morbidades relacionadas a medicamentos associadas à busca de serviço de emergência hospitalar no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Tramontina, Mariana Younes
Orientador(a): Heineck, Isabela
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/211418
Resumo: Objetivos: Investigar as morbidades relacionadas a medicamentos (MRM), os fatores e causas detectados em pacientes que buscam o serviço de emergência de hospital universitário do sul do Brasil. Métodos: A coleta de dados baseou-se na aplicação de um questionário aos pacientes com idade mínima de 18 anos, durante o período de outubro de 2013 a março de 2014, e na análise do prontuário eletrônico. Os casos foram avaliados para definir se era um caso de MRM e para estabelecer as suas possíveis causas. A evitabilidade da MRM foi verificada com base em critérios previamente estabelecidos na literatura. Este projeto foi submetido à aprovação do Comitê de Ética do Hospital de Clínicas de Porto Alegre sob o número de identificação 13-0340. Resultados: No total foram entrevistados 535 pacientes e a frequência de MRM foi de 14,6%. Aproximadamente 45% das MRMs foram relacionadas com a segurança no uso de medicamentos e cerca de 50% apresentou como possível causa questões relacionadas ao usuário. Houve necessidade de internação em 44,8% dos casos de MRM; 62,8% dos casos foram considerados evitáveis. Presença de doença crônica (RP=5,12; 2,22 – 13,96) e utilização de medicamentos potencialmente perigosos (RP=2,01; 1,16 – 3,50) e de baixo índice terapêutico (RP= 3,09; 1,63 – 5,81) foram consideradas fatores associados ao desenvolvimento de MRM. Conclusões: A prevalência de MRM mostrou-se importante (14,6%) e a evitabilidade elevada (62,8%), considerando que atualmente as emergências hospitalares enfrentam a superlotação. Portanto, intervenções devem ser estabelecidas como rotina para detectar e evitar as causas de MRM, a fim de preservar a qualidade de vida dos pacientes e otimizar recursos financeiros.