Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Barcelos, Régis Leonardo Gusmão |
Orientador(a): |
Guimarães, Sonia Maria Karam |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/61730
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Resumo: |
O objetivo deste estudo foi investigar a legitimidade das atividades relativas à comercialização da ciência através da participação de cientistas em mecanismos de transferência de tecnologia e conhecimento para empresas em uma universidade pública no Brasil. O ponto de partida da pesquisa remete às discussões em torno da relação universidade-empresa, estudadas por distintas perspectivas que ressaltam desde a emergência de novos paradigmas na produção do conhecimento científico, tais como os argumentos da universidade empreendedora, até análises mais críticas, ora sublinhando os efeitos negativos, ora demonstrando a manutenção de fronteiras institucionais entre as duas organizações. A investigação utilizou dois métodos: 1) levantamento da participação de pesquisadores em processos de transferência de tecnologia para a indústria, utilizando dados secundários; e 2) pesquisa qualitativa por meio de entrevistas semiestruturadas, identificando os diferentes tipos de manipulação de lógicas institucionais nas práticas acadêmicas, ora voltadas para a comercialização, ora imersas na ciência pública. Verificou-se elevado crescimento de interações da universidade com a indústria. Entretanto, dois aspectos são ponderados. O primeiro diz respeito à predominância de mecanismos tradicionais de transferência de tecnologia, comparado aos outros tipos de interações. O segundo refere-se ao baixo nível de legitimação de práticas empreendedoras nos casos analisados, visto a defesa da lógica científica sobre a lógica comercial. Para a avaliação da incorporação de novos valores e normas sociais na ciência pública, estabeleceram-se tipologias de orientações científicas: orientação tradicional, orientação tradicional híbrida e orientação empreendedora. A partir dos resultados, conclui-se que o argumento da universidade empreendedora apresenta sérias limitações, visto a baixa legitimidade de novos processos de transferência de tecnologia na amostra analisada. Assim, a difusão de novas práticas científicas orientadas para o maior contato com as demandas econômicas, não necessariamente expressam um processo de institucionalização do empreendedorismo acadêmico, como a incorporação de novos valores, normas e orientações científicas. |