Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Gomes, João Carlos Amilibia |
Orientador(a): |
Silveira, Rosa Maria Hessel |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/56449
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Resumo: |
No presente trabalho analiso apostilas de História – Ensino Médio, produzidas e comercializadas em kits de produtos e serviços dos sistemas de ensino Positivo e SER, as quais circularam em escolas conveniadas a esses sistemas – que atingem significativas fatias do mercado educacional – em períodos letivos situados no corte cronológico 2008-2011. Desenvolvo as reflexões no interior do campo dos Estudos Culturais, valendo-me de variadas teorizações, como as relativas ao ensino de História, à história do livro, à chamada modernidade líquida, às sociedades de consumidores, à governamentalidade neoliberal e às representações de identidade, buscando caracterizá-las dentro de determinadas contingências da sociedade contemporânea. Assim, analiso as condições sob as quais se (re)criam as referias apostilas no âmbito de uma ideia, a do sistema de ensino, que propicia às escolas de redes privadas e públicas uma reestruturação na condição de empresas. Em relação ao suporte tradicional dos materiais didáticos, o códice, é possível perceber que a noção de apostila está sofrendo transformações, à medida que no interior dos sistemas o avanço das novas tecnologias é intenso, e, assim, já haveria apostilas em tablets circulando no mercado educacional. Atentando especificamente aos tecidos multissemióticos que compõem as capas das apostilas, encontram-se, no caso dos artefatos do SER, representações que apontam para os conteúdos das disciplinas que compõem o Ensino Médio, e, no caso dos artefatos do Positivo, representações que conferem aos materiais um caráter de “novidades” e/ou de politicamente correto quanto ao que ofereceriam. As narrativas históricas das apostilas de ambos os sistemas, entretanto, parecem constituídas sobre as mesmas bases que fundamentam as narrativas dos livros didáticos de História. Concluo que as apostilas têm significativa importância no âmbito dos processos de captação de consumidores/as, no universo de diversas práticas pedagógicas proporcionadas pelos sistemas e, de certo modo, contribuem para a própria consecução da lógica empresarial dos sistemas. |