Cuidado transicional à atenção primária à saúde : características de pacientes ambulatoriais da atenção especializada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Tolio, Rodrigo Pedroso
Orientador(a): Gonçalves, Marcelo Rodrigues, Mengue, Sotero Serrate
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/255154
Resumo: Introdução: Devido à pandemia de COVID-19, as consultas eletivas do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) foram canceladas. Para mitigar o represamento da demanda por atendimento, foi estruturado, em parceria com o TelessaúdeRS-UFRGS, o Teleambulatório-HCPA/TelessaúdeRS-UFRGS (TA-HCPA/TSRS), especializado em consultas médicas remotas e capitaneado por Médicos de Família e Comunidade (MFC). Os pacientes foram convidados a solicitar a reposição da consulta. Esses pedidos foram avaliados e, se pertinentes para atendimento pela equipe, agendava-se uma consulta. Aqueles que poderiam ser atendidos por MFCs e à distância foram agendados para consultas. A partir delas, foi possível perceber que uma parcela dos pacientes não tinha a necessidade de manter acompanhamento em ambulatórios especializados no contexto de um hospital universitário de alta densidade tecnológica Objetivos: Identificar preditores associados com a possibilidade da transição do cuidado à Atenção Primária à Saúde (APS) e relatar os principais resultados do Tele-HCPA/TSRS. Métodos: este é um estudo transversal, cujo desfecho foi a possibilidade de ter o cuidado realizado na APS a partir de critérios pré-determinados. As variáveis analisadas foram: grande grupo de especialidade (cirúrgica, clínica, outras médicas e outras especialidades), tempo de atendimento e variáveis sociodemográficas. Após o atendimento, o desfecho era assinalado em formulário. As medidas de associação entre as variáveis e o desfecho foram avaliadas por meio de regressão logística. Resultados: Foram realizadas 557 consultas e em 227 (41%), os pacientes poderiam ter esse cuidado realizado somente pela APS. Após análise multivariável, os preditores para a transição do cuidado à APS foram o tempo de acompanhamento e a idade. O acréscimo um ano de acompanhamento na especialidade do HCPA e de idade acarretou um OR de 1,06 (IC 95% 1,03 – 1,09; p<0,01) e de 1,01 (IC 95% 1,00 - 1,02; p<0,01), respectivamente. A principal condição associada ao desfecho foi a xii necessidade de acompanhamento por anticoagulação seguida de acompanhamento na cirurgia vascular, cirurgia digestiva, clínica médica e ortopedia. Conclusões: esse trabalho possui limitações importantes como a amostragem a partir de consultas de pacientes selecionados para atendimentos remotos, com maior estabilidade do quadro e a falta de protocolos de alta da atenção especializada. Esse estudo aguça a discussão sobre qual o papel de um hospital terciário dentro de um sistema de saúde. Seguir nesta linha de pesquisa é imperativo à qualificação na navegabilidade do paciente nas RAS para que o paciente certo esteja no local certo no momento certo.