Pensamento e antítese : a gnose de Hans Jonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bonatto, Michele
Orientador(a): Vargas, Anderson Zalewski
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/104871
Resumo: Hans Jonas (1903-1993) foi um filósofo judeu-alemão que sob os auspícios de Martin Heidegger desenvolveu uma leitura existencialista do fenômeno do gnosticismo, visto por ele como uma religião dualista cujos contornos antecedem e influenciam o Cristianismo Primitivo. Esta leitura tem ecos ainda hoje na reconstrução histórica do gnosticismo, ainda que alguns autores modernos como Michael Williams (1996) e Karen King (2001) tenham feito duras críticas. Na presente dissertação, verificamos que a análise de Jonas é permeada por conceitos antitéticos na formulação do problema gnóstico. São eles: oriente e ocidente, mito e misticismo, mitologia e filosofia, conhecimento e fé, princípio gnóstico e princípio de responsabilidade. Os conceitos antitéticos são limitativos, pois são assimétricos, isto é, a contraparte que pretendem definir é inferiorizada. (KOSELLECK, 2006) Embora Jonas tenha se voltado ao problema do organismo como ontologia após a experiência traumática da Segunda Guerra Mundial, o princípio gnóstico foi a pedra de toque para a formulação de outro princípio em seu período de maturidade: o princípio responsabilidade. Portanto, concordamos com Wadelstein (2000) quando afirma que a franca hostilidade ao princípio gnóstico do Jonas filósofo da natureza e da responsabilidade não permitiu que sua leitura do gnosticismo avançasse, não obstante a possibilidade de contato com os novos documentos de Nag Hammadi.