Viagem de (auto)descobrimento : experiências de mobilidade estudantil de graduação no programa ESCALA/AUGM/UFRGS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Costa, Bianca Silva
Orientador(a): Leite, Denise Balarine Cavalheiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/104487
Resumo: No contexto de Internacionalização da Educação Superior buscou-se analisar as contribuições da mobilidade estudantil para a formação dos estudantes de graduação da UFRGS participantes Programa ESCALA/AUGM e, identificar de que maneira as experiências vividas podem contribuir para ampliar as concepções de América Latina e para a consolidação de um lugar de mobilidade no MERCOSUL. O estudo qualitativo incluiu análise de documentos e entrevistas que possibilitaram a construção de um estudo de caso. Foram analisados documentos e materiais UNESCO, OECD, AUGM, Programa ESCALA/AUGM e Relinter/UFRGS. Os dados sobre expectativas, experiências, dificuldades e reflexões sobre a mobilidade vivenciada pelos estudantes foram obtidos através de entrevistas semiestruturadas realizadas antes e depois de sua estada no exterior. Os dados coletados foram submetidos à análise de conteúdo (Roque Moraes) e de prosa (Marli André). O suporte teórico-conceitual privilegiou autores latino-americanos como Axel Didrikson, Walter Mignolo, Nestor Garcia Canclini, Hugo Aboites, Marília Morosini, José Dias Sobrinho e Pedro Goergen e outros, como Boaventura de Sousa Santos, Jane Knight, Catheryne Walsh e Hannah Arendt. Os dados e informações resultantes permitem inferir que tanto as expectativas quanto as contribuições individuais da mobilidade para os estudantes superaram as profissionais e acadêmicas. As experiências vivenciadas fizeram com que eles desenvolvessem um novo olhar sobre si, sobre a universidade e sobre a sociedade. Dentre os principais desafios enfrentados pelos estudantes foram identificados: a falta de domínio da língua espanhola, questões referentes à bolsa de estudos, tais como o baixo valor, atraso no pagamento e insuficientes informações sobre a mesma, bem como sobre os documentos necessários para a mobilidade e sobre o local de residência no país de destino. Considerando que historicamente a América Latina foi e é compreendida dentro de um contexto de subalternidade, os resultados da pesquisa indicam que a mobilidade de estudantes, realizada a partir do Programa ESCALA/AUGM na UFRGS, amplia a formação de graduação contribuindo para criar um novo olhar sobre a América Latina e suas universidades. A mobilidade na região e a opção dos estudantes pela América Latina podem ser compreendidas como uma alternativa que permite dar visibilidade às experiências do Sul, possibilitando uma viagem de (auto)descobrimento de “si” enquanto “ser latino-americano” e de resignificação das concepções sobre educação superior.