Efeitos da dispersão e da extinção na distribuição de mamíferos entre regiões e hábitats

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Luza, André Luís
Orientador(a): Hartz, Sandra Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/187284
Resumo: Os distintos padrões de distribuição e diversidade de espécies surgindo de comparações entre regiões e hábitats resultam de um complexo balanço entre dispersões, especiações e extinções. A relevância da perspectiva ‘entre regiões e hábitats’ deve-se ao fato de o limite ecológico entre regiões ou entre hábitats ser caracterizado por uma mudança nas condições abióticas e na estrutura da vegetação. Dependendo do grau de mudança em condições abióticas e na estrutura da vegetação, os limites ecológicos podem causar extinções ou impedir a dispersão de linhagens entre regiões e de espécies e indivíduos entre manchas de hábitat. O principal objetivo da tese foi entender como características das espécies e dos hábitats influenciam na força dos processos de dispersão e de extinção em escala regional e local. No primeiro capítulo avaliei se a distribuição de espécies e linhagens de mamíferos de diferentes guildas tróficas é limitada ao tipo de hábitat ancestral (i.e., se extinções seriam mais fortes entre hábitats ambientalmente contrastantes do que entre hábitats ambientalmente similares). Observei que, para a maioria das guildas tróficas, a distribuição das espécies não se limitou ao hábitat ancestral. No segundo capítulo avaliei a variação geográfica na expectativa de que extinções seriam mais fracas em comunidades de pequenos mamíferos ocupando hábitats modificados com estrutura similar ao hábitat pristino. Encontrei que a alta similaridade estrutural nem sempre garante baixas taxas de extinção, uma vez que a força da extinção varia geograficamente pela ação de processos históricos e evolutivos. No terceiro capítulo pretendi definir a força de extinções e de imigrações em resposta às modificações no hábitat. Para isto, comparei a riqueza, diversidade funcional e composição observada em comunidades de hábitats pristinos e modificados com a riqueza, diversidade funcional e composição que seriam esperadas pela estrutura do conjunto (pool) regional de espécies. Resultados demostraram que comunidades de pequenos mamíferos de diversos tipos de hábitats modificados parecem estar sob fraca extinção e dispersão. No quarto capítulo obtive registros de três espécies de roedores ao longo de um ano em campos sujeitos a diferentes níveis de pastejo por bovinos. Estes dados revelaram maior probabilidade de ocupação em campos não pastejados para duas das três espécies analisadas. Em suma, dependendo da escala de observação, constatei que processos históricos, evolutivos e antropogênicos podem ‘desequilibrar a balança’ para maior extinção ou dispersão, que por sua vez influenciam na extensão espacial de distribuição das espécies e na estrutura das comunidades e populações.