Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Damian, Fernanda Bronzon |
Orientador(a): |
Jimenez, Mirela Foresti |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/231980
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Resumo: |
Introdução: Neoplasia de colo uterino é 4º neoplasia mais comum em mulheres e a 4º causa mais frequente de morte por câncer em mulheres. Hidronefrose (HN) é uma complicação frequente em pacientes com câncer de colo uterino, tendo impacto negativo na sobrevida. Poucos estudos avaliaram a influência da HN e da função renal na sobrevida global (SG) de pacientes com diagnóstico recente desse câncer. Objetivo: Avaliar o impacto da HN e da função renal em pacientes com carcinoma de colo uterino recém-diagnosticadas. Método: Estudo de coorte retrospectivo de pacientes com diagnóstico de câncer de colo uterino IIIB a IVB que foram diagnosticadas e/ou tratadas no Serviço de Oncologia do Hospital Fêmina, Porto Alegre – Brasil, no período de 01 de janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2018. A SG foi calculada através do método de Kaplan-Meier. Análise univariada e multivariada através do modelo de regressão da Cox foi utilizada para identificação de fatores prognósticos para SG e p<0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: Foram analisadas 285 mulheres recém-diagnosticadas com câncer de colo uterino avançado e sem tratamento prévio. Cento e oito pacientes (38%) foram diagnosticadas com HN antes ou durante o primeiro tratamento oncológico, 49 (17,2%) realizaram desobstrução do trato urinário e 17 necessitaram de hemodiálise de urgência devido à uremia. A sobrevida global mediana (SGm) foi de 46,9 meses em pacientes sem HN, 19,2 meses em pacientes com HN unilateral e 10,0 meses em pacientes com HN bilateral (p=0,0001 entre o grupo sem HN versus HN uni ou bilateral). Pacientes com taxa de filtração glomerular (TFG) ≥ 60mL/min/1.73m², antes ou durante o primeiro tratamento para o câncer tiveram SGm de 46,9 13 meses, 23,5 meses e 11,1 meses em pacientes sem HN, HN unilateral e HN bilateral, respectivamente (p=0.002 entre pacientes sem HN versus HN bilateral), enquanto as pacientes com TFG < 60mL/min/1.73m² tiveram sobrevida de 23,4 meses, 19,2 meses e 10 meses em pacientes sem HN, HN unilateral e HN bilateral, respectivamente (p=0.003 entre pacientes sem HN versus HN bilateral). Mulheres com HN que foram submetidas a desobstrução urinária tiveram SGm de 11,2 meses enquanto as pacientes que não realizaram desobstrução tiveram sobrevida de 15,6 meses (p=0,2). Em análise multivariada, a modalidade de tratamento oncológico recebido, estádio clínico da FIGO e presença de HN foram fatores prognósticos de sobrevida, porém TFG não foi associado à piora da sobrevida quando ajustado para esses fatores. Conclusão: HN está associada a piora da sobrevida em pacientes com câncer de colo uterino avançado mesmo após ajuste para estadiamento da FIGO e tratamento oncológico. Pacientes que realizaram desobstrução urinária não apresentaram pior sobrevida do que pacientes que não realizaram desobstrução. |