Self-telling : a autorrepresentação em narrativas visuais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Duarte, Mariana
Orientador(a): Rey, Sandra Terezinha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/206738
Resumo: O presente estudo é fundado na pesquisa do meu processo de criação artística, relacionando a prática à teoria durante todo percurso de seu desenvolvimento. Inicio a narrativa desta caminhada retornando a trabalhos que deram origem a este projeto de pesquisa e revisito o estabelecimento de um método de criação que lanço mão para a concepção imagética e conceitual de meus trabalhos. Este método tem como base o fluxo de consciência, técnica literária aplicada por alguns escritores modernistas. Nesse sentido, se instaura uma aproximação entre os campos das artes visuais e da literatura, ao mesmo tempo em que o método do fluxo de consciência acaba por originar um trabalho autobiográfico e de autorrepresentação. A produção poética, que se dá através da foto-performance e vídeo-performance é narrada e relacionada com a produção de artistas brasileiras e estrangeiras, como Marilice Corona, Letícia Parente, Sophie Calle, Tracey Emin e Lynda Benglis. Partindo da ideia de autorrepresentação como narrativa de si, busco estreitar a relação com a literatura ao aproximar o autor da obra com o narrador, baseada nas teorias de Gérard Genette, Michel Foucault, Roland Barthes e Mikhail Bakhtin. Por fim, abordo as questões tempo-espaciais de um trabalho de arte que, através da busca por uma narrativa não linear, se dão de forma não convencional. Analiso a autorreferencialidade, que cria narrativas em abismo e acabam por gerar distorções do espaço bidimensional da fotografia, partindo de autores como André Gide, Lucien Dällenbach e Werner Wolf. Também trato da possibilidade de entender o tempo fora do senso comum através do estabelecimento de paradoxos temporais, amparada pelos estudos de Paul Ricoeur e Pol Capdevila. Este percurso de pesquisa prática e teórica me permite avaliar o potencial narrativo de meus trabalhos, a autorrepresentação como narrativa visual e a não linearidade espaço-temporal como participante do conceito operatório.