Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Caovilla, Joici Demetrio |
Orientador(a): |
Peuker, Ana Carolina Wolf Baldino |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/182624
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Resumo: |
Introdução: A precocidade da iniciação do uso de substâncias psicoativas (SPAs) por adolescentes é uma preocupação constante, visto que pode aumentar o risco de dependência futura, além de estar associada a uma série de comportamentos de risco, como acidentes, violência sexual e participação em gangues. Neste sentido, a literatura indica que a família pode atuar como fator de risco e/ou proteção e/ou prevenção da iniciação desse uso. Entretanto, especificidades dessa interação ainda necessitam estudos, especialmente na adolescência. Objetivo: Caracterizar a relação entre o perfil de consumo de SPAs, as dimensões da coparentalidade (cooperação, conflito e triangulação) e do conflito pais-filhos em problemas emocionais e de comportamento em adolescentes. Método: Estudo explicativo, de caráter quantitativo e de corte transversal. De uma amostra de N=126 adolescentes estudantes de escolas públicas com idade entre 12 e 18 anos incompletos. Utilizou-se na coleta de dados os seguintes instrumentos: Questionário sócio-biodemográfico, Escala de avaliação da coesão familiar (Faces III), Escala de Conflito Pais-filho (ECPF), Escala de Coparentalidade para Pais e Adolescentes (CI-PA), Inventário de Auto Avaliação de Jovens de 11 a 18 anos (YSR, Youth Self-Report) e o ASSIST (Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test). Os dados foram analisados por meio do programa estatístico SPSS, considerando o nível de significância de 5% (p≤0,05), através de análises descritivas e inferenciais. Resultados: Constatou-se que quase metade (49,2%) dos adolescentes pesquisados indicou já ter feito uso de álcool e 8,7% de tabaco. Constatou-se que o uso de álcool correlacionou-se a conflitos com a mãe relacionados a “sair a noite” (r=0,289; p<0,001). O uso de maconha correlacionou-se com conflito com o pai relacionado ao “uso de drogas” (r=0,582; p<0,001). Também observou-se que o uso de maconha pelo adolescente estava correlacionado a maior intensidade do conflito com pai, caracterizado por “discutir intensamente ou gritar” (r=0,538; p<0,001) e “bater ou atirar coisas um no outro” (r= 0,912; p<0,001). Os preditores mais robustos para o consumo de álcool pelos adolescentes foram as variáveis relacionadas ao pai. Observou-se que a cooperação coparental do pai foi negativa, sendo protetora para consumo de álcool. Enquanto a intensidade do conflito do adolescente com o pai e o conflito coparental do pai com a mãe revelaram-se positivos. Conclusão: Em conjunto, esses resultados sugerem que existe relação entre uso de SPAs e problemas familiares. Além disso, podem indicar que a família que exerce a coparentalidade com coerência tem função de proteção para problemas emocionais e de comportamentos em adolescentes, bem como do uso de SPAs. |