Autismo infantil : tradução e validação da CARS (Childhood Autism Rating Scale) para uso no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Pereira, Alessandra Marques
Orientador(a): Wagner, Mario Bernardes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/12936
Resumo: Introdução: O autismo infantil tornou-se um dos distúrbios mais estudados em neuropsiquiatria, tendo em vista a gravidade e o impacto que produz. Na ausência de um marcador biológico, seu diagnóstico permanece clínico, com base nos critérios da Associação Americana de Psiquiatria (DSM-IV). Ao longo de várias décadas, vários instrumentos foram desenvolvidos com base no DSM-IV, com objetivo de aperfeiçoar o diagnóstico do transtorno, assim como várias escalas que medem a gravidade dos sintomas também foram criadas. A Childhood Autism Rating Scale (CARS) é uma das escalas mais utilizadas como instrumento para avaliar a gravidade do autismo. Objetivo: O presente estudo objetivou traduzir, adaptar e validar uma versão em português (do Brasil) da referida escala. Métodos:estudo transversal de amostra de conveniência de crianças e adolescentes com diagnóstico de autismo infantil, em acompanhamento regular no Ambulatório de Transtornos Invasivos do Desenvolvimento, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.Processo de tradução, adaptação transcultural e validação conforme proposto na literatura por Sperber. Foram utilizadas, além da versão traduzida da CARS (CARS-BR), a Escala de Avaliação de Traços Autísticos (ATA) e a Escala de Avaliação Global do Funcionamento (GAF). Foram empregados os testes de correlação de Pearson para comparação entre as diferentes escalas a fim de se estimar validade convergente (ATA) e validade discriminante (GAF), o coeficiente kappa para confiabilidade teste-reteste e o coeficiente de fidedignidade de Cronbach para consistência interna, considerando um α= 0,05. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição e solicitada concordância dos pais para participação no estudo. Resultados: Após tradução, a versão foi aplicada em 60 crianças e adolescentes com diagnóstico de autismo infantil. A consistência interna foi elevada com um valor de alfa de Cronbach de 0,82; a validade convergente (comparada com a Escala de Avaliação de Traços Autistícos- ATA) alcançou um coeficiente de correlação de Pearson de r = 0,89. Ao ser correlacionada à Escala de Avaliação Global de Funcionamento (para determinação da validade discriminante), a CARS-BR apresentou um coeficiente de correlação de Pearson de r = -0.75. Confiabilidade teste-reteste foi 0,90. Conclusão: A metodologia utilizada e os cuidados no processo de tradução permitem concluir que este é um instrumento válido e confiável para avaliação de gravidade do autismo no Brasil.