Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Becker, Michele Michelin |
Orientador(a): |
Wagner, Mario Bernardes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/16449
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Resumo: |
Introdução: O autismo é uma síndrome comportamental que vem sendo muito estudada nas últimas décadas. Apesar de muitos progressos em seu entendimento e da associação indiscutível com distúrbios biológicos, ainda hoje não há um marcador biológico que o defina, sendo o seu diagnóstico clínico com base nos critérios da Associação Americana de Psiquiatria (DSM-IV-TR). Desde a década de 1980, questionários, escalas e critérios têm sido criados com o objetivo de tentar uniformizar o diagnóstico e a avaliação de crianças autistas. A entrevista Autism Diagnostic Interview-Revised (ADI-R) é uma das baterias mais detalhadas para o diagnóstico de autismo e considerada um dos métodos padrão-ouro para diagnóstico de autismo na literatura internacional. Objetivo: Traduzir e adaptar a Autism Diagnostic Interview-Revised (ADI-R) para a língua portuguesa e validá-la como instrumento diagnóstico de autismo no Brasil. Métodos: Após ser traduzida e adaptada à língua portuguesa pelo método de retrotradução, a entrevista foi aplicada em amostra de conveniência de 20 pacientes autistas e 17 pacientes com retardo mental sem autismo, pareados por idade, tendo por objetivo a avaliação de suas propriedades psicométricas. As entrevistas foram codificadas por dois pesquisadores independentes para a obtenção da consistência externa entre observadores. A validade interna foi calculada pelo coeficiente de fidedignidade de Crombach. A validade de critério foi mensurada através do cálculo de sensibilidade e especificidade, utilizando-se como padrão-ouro os critérios do DSM-IV. Para a avaliação da validade discriminante, foram comparados os escores obtidos pelo instrumento no grupo de autistas com o grupo de indivíduos com retardo mental sem autismo. Também foi avaliada a validade discriminante de cada um dos itens pontuáveis da entrevista. Resultados: A idade dos pacientes variou entre 8 e 16 anos, com média de 11. A validade interna foi alta, com de Crombach de 0,967. A validade de critério teve sensibilidade e especificidade de 100%. A entrevista apresentou alta validade discriminante, com escores significativamente maiores no grupo de pacientes autistas, assim como número maior de respostas 2 nesse grupo e de respostas 0 e 1 no grupo de não-autistas. A consistência externa entre observadores foi alta, com kappa mediano de 0,824. Conclusões: Os cuidados na tradução e a metodologia aplicada no processo de validação permitem concluir que o instrumento traduzido e validado é extremamente útil para o diagnóstico de autismo no Brasil, embora o estudo tenha sido realizado com uma amostra reduzida e em uma área restrita do país. |