Estudo químico e biológico de espécies dos gêneros Glandularia e Verbena nativas do sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Vestena, Angelica Signor
Orientador(a): Zuanazzi, Jose Angelo Silveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/181430
Resumo: As plantas medicinais são consideradas pela população uma alternativa para tratamento de diversas doenças. Entre estas, destacam-se as plantas da família Verbenaceae, como as espécies do gênero Verbena. Espécies reconhecidas atualmente como gênero Glandularia foram anteriormente descritas como Verbena. Esses gêneros ainda possuem problemas de circunscrição, tendo em vista que são táxons muitos semelhantes, sendo muitas vezes difícil diferenciá-los. Espécies de Verbena são bem relatadas na medicina popular quanto a atividade anti-inflamatória e para o tratamento de doenças hepáticas. Diante disso, objetivou-se com este trabalho o isolamento de compostos presentes em espécies dos gêneros Glandularia e Verbena e a avaliação das atividades hepatoprotetora e antiquimiotáxica de espécies de Verbena utilizadas na medicina popular. Os compostos isolados foram identificados através de técnicas cromatográficas e espectroscópicas. Extratos metanólicos de V. montevidensis e V. litoralis e o iridoide brasosídeo, presente em ambos os extratos, foram avaliados quanto a atividade antiquimiotáxica realizada de acordo com o teste modificado de Boyden e quanto a atividade hepatoprotetora e citotoxicidade in vitro realizado em células HepG2, pelos métodos de MTT e vermelho neutro. De G. selloi foram obtidos 6β-OH-ipolamiida e dois derivados de crisoeriol com estruturas inéditas, seloisídeo A e seloisídeo B. Do extrato das partes aéreas de G. lobata foram isolados verbascosídeo e o iridoide griselinosídeo, que foi também isolado de V. hirta e V. bonariensis. De V. montevidensis obteve-se brasosídeo. No ensaio biológico antiquimiotáxico realizado com o extrato metanólico de V. montevidensis e com brasosídeo, seu produto isolado, todas as amostras apresentaram inibição significativa da migração leucocitária em relação ao controle. Os resultados obtidos para citotoxicidade in vitro demonstram que os extratos metanólicos e brasosídeo, não apresentaram citotoxicidade nas concentrações testadas. Esses extratos demonstraram atividade hepatoprotetora, em células HepG2, após lesão induzida por etanol. Brasosídeo protegeu as células nas menores concentrações testadas, sugerindo que a atividade hepatoprotetora dos extratos esteja relacionada ao sinergismo entre este composto e verbascosídeo. Os resultados encontrados nos ensaios biológicos corroboram o uso popular de algumas espécies de Verbena como agentes hepatoprotetor e anti-inflamatório.