Conversação interna : entre a reflexividade e a ruminação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Silveira, Amanda da Costa da
Orientador(a): Gomes, William Barbosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/13118
Resumo: O principal objetivo desse estudo foi registrar e propor formas de análise para a manifestação audível da conversação interna, tendo como base o modelo semiótico de self de Norbert Wiley. O Questionário de Ruminação e Reflexão e a Escala Fatorial de Ajustamento Emocional/Neuroticismo foram respondidos por 39 universitários. Destes, 23 participaram de uma segunda etapa, em que foram instruídos a responder em voz alta ao Teste Matrizes Progressivas de Raven (TMPR) e a uma entrevista semi-estruturada sobre a experiência da conversação interna. Na amostra de 39 participantes, observou-se correlação moderada entre traço de neuroticismo e ruminação. Na segunda etapa, características de tempo, número de palavras verbalizadas e desempenho no TMPR foram mensuradas e confrontadas com os perfis de ruminação e reflexão. Resultados de uma análise qualitativa propuseram a distinção da conversa interna manifesta quanto à sua forma (informacional e comunicacional) e ao seu conteúdo (self ou tarefa como objetos da conversa). A comparação dos dados qualitativos e quantitativos ilustrou graficamente as oscilações de forma e conteúdo em sete casos extremos. Dados da entrevista sugeriram que a conversação interna é percebida como uma ferramenta que auxilia ou dificulta a articulação de pensamentos e sentimentos. Os achados da pesquisa refinaram o modelo de conversação interna de Wiley, exemplificando facetas exclusivas da fala interna em contraposição à fala pública; mostraram que o self semiótico (processual) flutua intencionalmente entre a tarefa e conteúdos relativos ao próprio self; mas eles não diferenciaram perfis ruminativos e reflexivos no desempenho da tarefa.