Fatores de risco de letalidade e padrões espaciais da leptospirose no Brasil (2007-2019)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Marteli, Alice Nardoni
Orientador(a): Guasselli, Laurindo Antônio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/289580
Resumo: A Geografia da Saúde, a Saúde Coletiva e a Epidemiologia Geográfica utilizam ferramentas de Geoprocessamento para analisar padrões da distribuição geográ fica das doenças e suas relações com fatores socioambientais. Essa pesquisa analisa dados, em escala nacional, para entender o comportamento espacial da leptospirose, uma doença tropical negligenciada, causada pelo contato da urina de roedores e que acomete populações mais vulneráveis. Como Problema de Pesquisa foi proposto a análise dos padrões espaciais de leptospirose e a distribuição espacial heterogênea no território do Brasil. Adotou como abordagens metodológicas (1) estudo ecológico retrospectivo da distribuição espacial e temporal da leptospirose, entre 2007 e 2017, utilizando técnicas de Geoprocessamento a partir de análise de padrões pontuais e densidade Kernel; (2) padrões de áreas, utilizando mapas de aglomerados espaciais, e testes estatísticos globais e locais para avaliação; (3) fatores associados ao óbito por leptospirose, utilizando modelo de regressão logística no R para estimar as razões de chances (OR) de óbito decorrentes da doença. Os resultados mostraram que as regiões Norte e Sul têm maiores taxas de incidências por leptospirose enquanto as regiões Nordeste e Sudeste têm as maiores taxas de letalidade. Foi possível detectar padrões espaciais para as taxas de incidência com tendência a agrupamento através do LISA Map . Dos 50.640 casos confirmados (2007 - 2019), foram selecionados 38.206 ( 75,45 % ) casos para análise, e destes, foram curados 34.238 (89,61%) e vieram a óbito 3.968 (10,39%). Entre os fatores sociodemográficos associados a óbito por leptospirose, destacaram-se o contato com lixo/entulho, a infecção relacionada ao trabalho, sexo masculino, cor/raça não branco e aumento de chance com idade mais elevada . Entre os fatores clínicos, destacaram-se a presença de alterações respiratórias, critério de confirmação Clínico - epidemiológico, hemorragia pulmonar, insuficiência renal, icterícia, alterações cardíacas e vômito. Essas abordagens espaciais aplicadas mostraram resultados satisfatórios. Considerando a distribuição espacial heterogênea da leptospirose n o território brasileiro, sugere - se a plicar ess a s metodologia s considerando outras escalas espaciais , de modo a investigar se há diferenças nos fatores que levaram ao óbito por leptospirose entre os estados/regiões . Além disso, faz-se necessário explorar as ferramentas de autocorrelação espacial por municípios e investigar melhor as diferenças regionais para orientar as políticas de saúde.