Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Januário, Maria Derlandia de Araújo |
Orientador(a): |
Massoni, Neusa Teresinha |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/278632
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Resumo: |
Esta investigação assume uma perspectiva de colocar a universidade como protagonista no diálogo com a Educação Básica e seu contexto, com vistas a uma educação científica significante e voltada para a formação transformadora. A pesquisa iniciou com uma vasta revisão de literatura e da produção acadêmica, para responder as questões: Qual tópico de Física Moderna está sendo mais discutido na área e como articulá-lo com a História e Filosofia da Ciência explorando sua estrutura conceitual, sua história e seu papel no desenvolvimento da Física para alunos do Ensino Médio? Sob a análise de conteúdo de Bardin (2011), construímos categorias e reflexões que resultaram na escolha do tema da Teoria da Relatividade para trabalharmos um módulo didático de Física Moderna no Ensino Médio. Desenvolvemos dois estudos empíricos: o Estudo I foi um estudo de caso instrumental (Stake, 2011), de natureza qualitativa, em que investigamos as percepções, visões e experiências de alunos de algumas turmas de uma escola pública periférica de Viamão – RS, para responder à questão: O que dizem e pensam os estudantes - o aluno na acepção de Sacristán - sobre o processo de educação, em particular de educação científica? O que significa ser aluno, estar na escola, ser objeto da escolarização? Realizamos "escutas" atentas com alunos de três turmas do Ensino Médio, utilizando dinâmicas de "rodas de conversas", anotações e diários de campo. Os achados foram estruturados em três dimensões principais: Dimensão 1) Aluno enquanto sujeito, dimensão 2) Aluno e escola, e a dimensão 3) Aluno e Ciência, e revelaram situações e expectativas cruciais para compreendermos o contexto de vida, as necessidades e a visão dos alunos sobre a escola e a escolarização. Por fim, o Estudo II foi mais propositivo, e procurou responder à questão: De que forma o uso da argumentação, na acepção de Toulmin (2006), pode auxiliar os estudantes a elaborarem e compreender um tópico de FM, por meio de uma abordagem histórico-epistemológica e conceitual? O resultado da construção e aplicação de um módulo didático sobre Relatividade apontou grandes lacunas no entendimento da Física Moderna e da Matemática. A Física escolar era percebida como descontextualizada e difícil, o que reforça a necessidade de metodologias de ensino mais flexíveis. Ainda assim, foi possível perceber que os alunos acolheram positivamente o estudo de Relatividade. Esta investigação ressalta a importância de escutar os alunos e sugere que futuras pesquisas devam focar neles, bem como reforça a necessidade atualizar o ensino da Física para abarcar temas do século XXI, e adotar abordagens mais humanistas e baseadas em argumentação científica como possibilidades de promover compreensão crítica e alcançar a transformação social. |