Transeuntes, percurso infinito e flor : de um inventário dos fazeres à pesquisa em dança

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Petzhold, Thaís Regina Villanova
• Orientador(a): Paludo, Luciana
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Dança; Performance; Corpo (Dança); Percepção; Artes cênicas
• Palavras-chave em Inglês: Dance; Urban performance; Body; Perception; Performing arts
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/237410

A pesquisa converge questões de procedimentos do fazer em dança e performances urbanas, vinculados à preparação corporal, criação e atuação. Na observação dos procedimentos emergiram conceitos operatórios, os quais conferiram lastro para as sucessivas reflexões que se evidenciam na escrita. Nessas ações foi possível perceber recorrências metodológicas entre os trabalhos observados e constituir uma metodologia para a pesquisa. Respaldada na experiência como artista e bailarina se traz para análise e reflexão teórica e poética três projetos de performances urbanas de dança: Transeuntes, Percurso Infinito e Flor. Através do acesso às memórias, notações próprias, textos de outros participantes dos projetos analisados, imagens fotográficas, leituras e reflexões originou-se a produção textual que investiga e traz à tona questões do fazer e da pesquisa em arte. Nas análises, se reconhece alguns procedimentos do fazer como conceitos operatórios. Inicialmente, o estado de percepção e sensibilidade, que foi nomeado de estado de escuta, estava presente e agindo desde muito tempo nas práticas do fazer. No decorrer da pesquisa, o conceito do entre também ressoou com condutas já instauradas que, em momentos precedentes, havia se nomeado de terceira pessoa - o fenômeno do encontro. Ao reconhecer o imbricamento das práticas artísticas e cotidianas emergiu o conceito permanência em prática. Após a qualificação, o conceito corpo-experiência integrou questões relativas à constituição do local-tempo onde se alojam as experiências no sujeito. Percebe-se que as condutas do fazer em cada um dos três trabalhos pesquisados são similares e complementares, mas que, como num movimento em espiral, experimentam-se novamente e, ao mesmo tempo, se renovam a cada nova camada da expansão; que esses procedimentos da prática que acabam por serem refletidos aqui como conceitos operatórios para uma pesquisa em arte podem ser movimentos e saberes que potencializam a preparação, a criação e a atuação de artistas performers; e que tais procedimentos e conceitos são potentes instrumentos para o acontecimento chamado performance.