Os climas do Rio Grande do Sul : variabilidade, tendências e tipologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Rossato, Maíra Suertegaray
Orientador(a): Basso, Luis Alberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/32620
Resumo: Esta tese centra-se no estudo analítico do clima do estado do Rio Grande do Sul (Brasil), com foco na variabilidade (espaço-temporal) dos elementos climáticos-meteorológicos e na abordagem de suas tendências, tendo como referência as classificações climáticas da área. Associa-se a esta análise, o reconhecimento das variabilidades climáticas em escala regional para o período de 1931-2007. A partir desta construção busca-se a atualização do conhecimento da climatologia relativa ao Rio Grande do Sul, sintetizada a partir da elaboração de uma classificação climática que incorpora o uso de novas metodologias e tecnologias. Para tanto, foi desenvolvido um método de classificação climática que contemplou análises qualitativas e quantitativas, baseado na climatologia genética e dinâmica e associado à análise estatística. O estudo desenvolvido teve por base a integração entre os elementos do clima e a circulação atmosférica de superfície (dinâmica das massas de ar), articulados a técnicas estatísticas e geoestatísticas. A análise da variabilidade climática da área de estudo referente ao período 1931-2007 (tendências linear e polinomial) corrobora a hipótese de que há diminuição da amplitude entre as temperaturas máximas e mínimas em localidades situadas em todos os compartimentos geomorfológicos do Estado. Entretanto, este fato foi identificado principalmente nas localidades nas quais o aumento das temperaturas mínimas é maior que das máximas, particularmente na porção mediana centro-norte da área, indicando uma pequena, porém considerável redução dos núcleos frios do estado. A analise dos totais pluviométricos anuais evidenciou, elevação dos totais pluviométricos anuais e com tendência à concentração. Embora tenham sido observadas tendências de aquecimento e de aumento da precipitação em pontos da área, elas são estatisticamente pouco importantes, uma vez que os coeficientes de correlação encontrados variaram de fracos a moderados. Com relação ao regime climático, constatou-se que os sistemas polares são os grandes principais dinamizadores dos climas do estado, em interação com os sistemas tropicais. Entretanto, é a partir da relação destes com os fatores geográficos locais e regionais, que se define a variabilidade espacial dos elementos do clima. A gênese das chuvas está, fundamentalmente, associada aos sistemas frontais. Com relação à tipologia climática, o estado do Rio Grande do Sul situa-se em área de dominio do Clima subtropical, subdividido em quatro tipos principais: Subtropical I - Pouco Úmido (Subtropical Ia -Pouco Úmido com Inverno Frio e Verão Fresco, e Subtropical Ib -Pouco Úmido com Inverno Frio e Verão Quente); Subtropical II: Medianamente Úmido com Variação Longitudinal das Temperaturas Médias; Subtropical III: Úmido com Variação Longitudinal das Temperaturas Médias; e, d) Subtropical IV - Muito Úmido (Subtropical IVa - Muito Úmido com Inverno Fresco e Verão Quente, e Subtropical IVb – Muito Úmido com Inverno Frio e Verão Fresco). O Rio Grande do Sul apresenta regiões climaticamente bem diferenciadas, evidenciando certa heterogeneidade, ao contrário de grande parte das classificações climáticas mais conhecidas do estado.