Alunos de ensino médio e suas aprendizagens na aula de música como componente curricular : um estudo com a turma do Colégio Estadual Júlio de Castilhos, Porto Alegre, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santos, Cristina Bertoni dos
Orientador(a): Del Ben, Luciana Marta
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/122535
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo investigar como alunos de ensino médio aprendem música na situação de aula de música na escola como componente curricular. Os objetivos específicos consistiram em identificar os modos (dispositivos e formas relacionais) de aprendizagem dos alunos na sala de aula; compreender como os alunos mobilizam-se para a realização das atividades de música na sala de aula; examinar as razões (os móbiles) da mobilização dos alunos para suas aprendizagens musicais, e analisar, na perspectiva das dimensões epistêmica, de identidade e social, as aprendizagens que os alunos realizam na sala de aula. Nortearam a análise e interpretação dos dados os elementos para uma teoria da relação com o saber (aprender), elaborados por Bernard Charlot, que têm como base a ideia de que o aprender é um processo de construção de si por si mesmo e que a relação com o aprender é uma relação de troca que existe entre cada um dos indivíduos nos eventos e lugares onde acontece. O método escolhido para a realização da pesquisa foi o estudo de caso, sendo que os participantes foram os alunos de uma turma de primeiro ano de ensino médio do Colégio Estadual Júlio de Castilhos, em Porto Alegre/RS, em situação de aula de música. A coleta dos dados foi realizada por meio de gravações das aulas de música da turma, seguidas de entrevista em grupo com os alunos. As dimensões epistêmica, social e de identidade nomeiam, segundo Bernard Charlot, os tipos de relações que participam no processo de relação com o saber (aprender) e serviram de base para a elaboração das categorias de análise dos dados, levando a uma ampliação teórica a partir do conceito de dispositivos relacionais, tratados como uma das figuras do aprender, inseridas na relação epistêmica. A partir da análise dos dados, foram identificados os dispositivos que contribuem para a compreensão dos modos de aprendizagem dos alunos na sala de aula, que foram nomeados de Modos de Estar Espontâneos (MEE), Modos de Estar para Perceber os Outros (MEPO) e Modos de Estar para o Desenvolvimento da Relação Epistêmica (MEDRE). Na conclusão, apresenta-se um modelo explicativo de como os alunos aprendem música na aula de música na escola, construído a partir dos dispositivos relacionais identificados.