Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Levandovski, Rafael Vieira |
Orientador(a): |
Padrós, Enrique Serra |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/224121
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Resumo: |
A presente investigação tem como objetivo compreender a forma como os preceitos da Doutrina de Segurança Nacional e Desenvolvimento se refletiram na conformação do sistema de educação básica durante a ditadura (1964-1985), com destaque ao Colégio Estadual Júlio de Castilhos. A análise está dividida em três capítulos, cada um deles correspondendo a um problema de pesquisa específico. Primeiramente, expõe-se os elementos ideológicos que embasaram a ação estatal em torno às instituições educativas. Em seguida, reflete-se sobre algumas das transformações do sistema de educação básica do Rio Grande do Sul nesse período, o que inclui a análise da produção editorial da Revista de Ensino e a apresentação de um perfil dos trabalhadores(as) em educação atingidos pela repressão no estado. Por fim, a partir do conceito de cultura escolar, estabelece-se um estudo de caso sobre o cotidiano educativo do Colégio Estadual Júlio de Castilhos, de Porto Alegre. Além de se tratar da maior instituição escolar do estado, a investigação identificou que ela foi fortemente visada pelo sistema repressivo, o que se refletiu na ampla produção de material pelo Sistema Nacional de Informações (SNI) tratando do dia a dia colégio. A investigação toma como fontes de investigação o Manual Básico da Escola Superior de Guerra, quatorze edições da Revista de Ensino (entre 1964 e 1976), a legislação e as normativas do período, a documentação do SNI (disponibilizada de forma online na plataforma do Arquivo Nacional) e três entrevistas realizadas com base na metodologia de história oral. Dentre as conclusões da pesquisa, incluise a constatação de que a “Operação Limpeza” no Rio Grande do Sul esteve marcada pela perseguição ideológica aos trabalhadores(as) da educação, algumas indicações sobre as estratégias de intervenção dos agentes estatais da ditadura no cotidiano da educação básica e, por fim, apontamentos sobre os processos de colaboracionismo entre esses agentes e os educadores civis que atuavam na instituição estudada. |