Ensaios sobre igualdade de oportunidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Assis, Rodrigo Salvato de
Orientador(a): Pôrto Júnior, Sabino da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/206619
Resumo: A desigualdade sempre foi um tema recorrente na agenda dos economistas, tanto pelo seu aspecto social como pelo seu aspecto econômico. O algoritmo proposto por Roemer (1998) se tornou central na discussão sobre desigualdade de oportunidades em várias dimensões, pelo seu poder de mensuração e de indicar desigualdades de oportunidades existentes entre indivíduos diferentes em circunstancias e, portanto, em desigualdades devidas por fatores fora do controle ou autonomia dos indivíduos. Buscando captar as diferentes dimensões de oportunidades e dos diferentes grupos sociais existentes, este trabalho foi separado em três ensaios: o primeiro ensaio disserta sobre a evolução teórica de justiça voltada a Igualdade de Oportunidades e o trabalho seminal de Roemer (1998) responsável por criar as ferramentas necessárias para aplicação prática deste conceito; o segundo ensaio contém uma aplicação do Human Opportunity Index, um índice unidimensional de Oportunidades, aos resultados da prova do ENEM de 2009 a 2016. É possível observar que mesmo com os esforços de criar uma prova que melhorasse o acesso de indivíduos ao ensino superior, esse é um mecanismo que ainda beneficia grupos com melhores backgrounds familiares; o terceiro ensaio trata da aplicação do índice de dissimilaridade multidimensional de Cramer-Person, proposto por Yalonetsky (2010), para dados comparativos da PNAD entre os anos de 2007 e 2015. Como principais resultados pode-se observar que houve uma queda geral de desigualdade de oportunidades ao comparar os anos de 2007 e 2015, para ambos resultados de educação e renda. Além disso, independente do resultado analisado (renda ou educação) a desigualdade entre homens e mulheres aumentou para os mais jovens como reflexo do maior acesso das mulheres a educação no Brasil.