Metabólitos produzidos por bactérias marinhas com atividade antiformação de biofilme patogênico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ribeiro, Nicole Sartori
Orientador(a): Macedo, Alexandre José
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/281744
Resumo: Biofilmes são comunidades de células microbianas recobertas por uma matriz de substâncias extracelulares (EPS), encontradas aderidas às superfícies, como dispositivos médicos. Essas estruturas são responsáveis por causar diversas doenças infecciosas humanas. A terapia antivirulência tem sido estudada como uma alternativa para combater infecções resistentes, já que visa inibir fatores de virulência ao invés de matar microrganismos, diminuindo a pressão seletiva. Nesse contexto, moléculas marinhas tem se destacado por sua bioatividade. Portanto, esse estudo teve como objetivo identificar novos metabólitos produzidos por microrganismos marinhos com atividade contra o biofilme de bactérias patogênicas. Inicialmente, um rastreamento com oito bactérias isoladas de esponjas marinhas -coletadas da costa brasileira- foi realizado e atividades antibióticas ou antibiofilme de seis bactérias (202, 208, 256, 266, BMPV40 e BMPV Mel) foram encontradas contra espécies de Staphylococcus spp. ou Pseudomonas aeruginosa. Moléculas menores do que 30 kDa produzidas pelo isolado 208 (Priestia sp.) inibiram o biofilme de S. aureus sem interferir no seu crescimento, reduzindo até 92% do biofilme após precipitação de proteínas. A origem proteica dos compostos ativos foi confirmada por testes de inativação por calor e tripsina, seguido por etapas de microscopia, cromatografia e espectrometria de massas. As proteínas parcialmente purificadas (PPP) exibiram ação antibiofilme com concentração mínima de 4 μg/mL e a atividade foi confirmada visualmente por microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura (MEV). PPP não apresentou toxicidade contra Galleria mellonella e eritrócitos humanos. Além disso, uma das frações cromatográficas (n0 24) mostrou-se ativa, sendo identificada uma metalopeptidase com propriedades proteolíticas dependentes de zinco na sua composição. Portanto, a presente tese evidenciou o potencial biotecnológico de bactérias associadas às esponjas marinhas, destacando as atividades antibiótica e antibiofilme de seus metabólitos.