Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Luis Carlos Nunes Vieira de |
Orientador(a): |
Tittoni, Jaqueline |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/80119
|
Resumo: |
Esta dissertação tem por objetivo promover a criação de imagens possíveis produzidas com Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) sobre o trabalho e a condição de ACS. Operando com a pesquisa intervenção, produzimos imagens que trazem à tona alguns dos enunciados que operam na produção de subjetividades no trabalho em saúde desses sujeitos. Adotamos a pesquisa intervenção na forma da intervenção fotográfica, tendo como pressuposto que o enunciado também vai passar pelo olhar. Assim a pesquisa se tornou dispositivo de intervenção imagética, desnaturalizando o olhar e mostrando as condições sob as quais podemos ver. Partindo do imaginado como potência para revelar múltiplos sentidos, tomamos a imagem, e mais especificamente a imagem fotográfica, como dispositivo estratégico que opera no sentido de transformar para conhecer. O trabalho foi desenvolvido na equipes de saúde da família do Rincão 1 e 2, no bairro Belém Velho, do município de Porto Alegre RS, entre os meses de junho de 2012 e fevereiro de 2013, com encontros semanais que transitaram entre o acompanhamento do trabalho das ACS na área, bem como a participação em reuniões de equipe e a eventos que a mesma promoveu. Os conceitos de governamentalidade, acontecimento e disciplina, tomados das obras de Foucault, criaram condições para desnaturalizar as noções de público e privado na saúde, assim como operaram da mesma maneira com o surgimento das ACS no Sistema Único de Saúde (SUS) As imagens mostram que dentro da unidade de saúde as normas disciplinam o trabalho, dividindo o trabalho e os trabalhadores através do regramentos das ações e da delimitação dos espaços de atuação de cada um. No território outras imagens sobre o trabalho se fizeram possíveis, mostrando que o ambiente disciplinar se liga fortemente a proximidade com o resto da equipe. Em relação ao trabalho entendemos que olhar para as agentes como “artífices” possibilita recolocar a responsabilidade de criação de vínculos que recai sobre essas trabalhadoras, coletivizando a tarefa e colocando a equipe (a qual inclui as ACS) como produtora de vínculo. Para forjar esse éthos de “artífice” é preciso que as ACS realizem certas praticas de si que possibilitem a elas refletirem sobre si e sobre o mundo. Utilizamos, também, a imagem da armadura que protege contra a infidelidade da vida, colocada pela paraskéue, como um outro modo de pensar a formação dessas trabalhadoras, que ao mesmo tempo são colocadas como centrais e periféricas na reorganização do modelo de assistência em saúde. |