Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Hlavac, Nicole Regina Capacchi |
Orientador(a): |
Diaz Gonzalez, Félix Hilário |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/234376
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Resumo: |
A prática da transfusão sanguínea teve início no século passado na medicina humana, e vem evoluindo desde então. A pesquisa nesta área é essencial para a melhor capacitação de médicos veterinários e para garantir a qualidade e a rapidez do atendimento dos animais que necessitam de transfusão. O curto tempo de armazenamento limita a quantidade de concentrados de plaquetas (CP) que podem ser efetivamente utilizados nos centros de hemoterapia, o que resulta em muitas unidades sendo descartadas, com consequente geração de despesas e necessidade de busca de novos doadores para atender a contínua demanda por este hemocomponente. O desenvolvimento de meios e soluções de preservação de plaquetas possibilita o armazenamento de CP por tempo prolongado e são capazes de diminuir ou evitar os efeitos prejudiciais durante o seu armazenamento, chamados de lesão plaquetária de estoque, para que, ao final, se obtenha um CP de melhor qualidade para ser transfundido. O presente trabalho teve como objetivos avaliar o CP canino armazenado com diferentes soluções aditivas plaquetárias sintéticas (SAP) durante 13 dias, e comparar as soluções aditivas com base no metabolismo plaquetário in vitro. Neste estudo foram utilizadas 40 unidades de CP canino, obtidos através do método de plasma rico em plaquetas, conservadas nas soluções aditivas a seguir: Grupo controle (100% plasma; n= 13), Grupo SSP+ (n= 13) e Grupo Composol (n= 14). . Os parâmetros avaliados nos dias 1, 5, 9 e 13 incluíram: ATP, lactato, glicose, lactato desidrogenase (LDH), pH, sódio, potássio, bicarbonato, pO2, pCO2, swirling, contagem de plaquetas, leucócitos residuais, agregação plaquetária, cultura bacteriana, marcação com anticorpos monoclonais CD61 e CD62P (p selectina), exposição da fosfatidilserina (PS) (Anexina V) e viabilidade mitocondrial (ΔΨm) (sondas JC-1 e Mitotracker Red e Green). Durante o tempo de armazenamento foi observado comportamento metabólico semelhante ao relatado em trabalhos com plaquetas humanas. Houve redução de ATP, pCO2, pH, ΔΨm (JC-1 agregado e Mitotracker Red), bicarbonato e glicose; e aumento marcação de CD62-P, Mitotracker Green e JC-1 monômero, aumento de pO2, LDH, PDW e lactato. Ao comparar as SAP com os CP 100% plasma houve diferença significativa nos seguintes parâmetros: swirling, PDW, CD62-P, glicose, lactato, pH, pO2, pCO2, bicarbonato, PS e em ambas técnicas de avaliação de ΔΨm. De forma geral pode-se afirmar que o grupo 100% plasma manteve os parâmetros de viabilidade até o quinto dia de armazenamento, exceto o valor médio de pH (6,1± 0,59). As SAP avaliadas mantiveram os parâmetros até o nono dia, com destaque para a solução SSP+ que manteve estes parâmetros estáveis até o 13° dia de estoque. SSP+ e Composol parecem ser uma excelente alternativa de SAP para serem utilizadas no lugar do plasma na produção dos CP em bancos de sangue veterinários. O estoque prolongado, com manutenção da qualidade in vitro parece ser viável e com resultados semelhantes aos observados em trabalhos com plaquetas humanas. |