Margem lacustre dominada por ondas do pré-sal Aptiano : Membro Mucuri, Bacia do Espírito Santo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Althaus, Camila Eliza
Orientador(a): Scherer, Claiton Marlon dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/265827
Resumo: A fragmentação do supercontinente Gondwana, e consequente separação entre América do Sul e África, possibilitou o desenvolvimento das bacias sedimentares da margem leste brasileira. Estas bacias rifte transicionaram para o estágio sag e por fim, para o estágio atual de margem passiva. A fase sag das Bacias de Campos, Santos e Espírito Santo merece destaque, pois suas rochas constituem os reservatórios do pré-sal, uma das maiores províncias petrolíferas atuais. Na porção onshore da Bacia do Espírito Santo, estão localizados os sedimentos do Membro Mucuri (Formação Mariricu), pertencente ao intervalo sag depositados durante o Aptiano.Seu modelo deposicional ainda é alvo de discussões e seu estabelecimento auxilia na reconstrução do modelo deposicional da Bacia do Espírito Santo, fornecendo informações também sobre a porção distal dos reservatórios, uma vez que os sistemas deposicionais atuantes na porção proximal condicionam os sedimentos que adentram a bacia, em direção ao depocentro. Para isto, foram analisados 13 poços, totalizando 430 metros de testemunhos de sondagem descritos em escala de detalhe 1:50, além da amostragem de 5 níveis de anidritas que ocorrem intercalados com os sedimentos do Membro Mucuri em 4 poços distintos para análise de isótopos de 87Sr/86Sr. Foram identificadas 16 fácies deposicionais e 3 fácies pós-deposicionais, que agrupadas permitiram a identificação de 5 associações de fácies: canais fluviais cascalhosos, fluviais fracamente canalizados, shoreface superior, shoreface inferior e offshore. A análise da sucessão vertical de associações de fácies permitiu a identificação de quatro anatomias de ciclos distintas: T, T-R, R normal e R forçada. Apesar de seu fácil reconhecimento em testemunhos, a correlação lateral entre estes ciclos não foi possível. A análise dos isótopos de Sr nas anidritas teve como resultado valores acima dos identificados em evaporitos marinhos do Cretáceo. Este dado, somado com as associações de fácies identificadas, permitiu a interpretação do modelo deposicional do Membro Mucuri: fluviais pouco canalizados e canais fluviais cascalhosos que adentravam um lago, sendo retrabalhados pela ação de ondas, formando depósitos de shoreface superior, inferior e offshore, por vezes com hiperpicnais associados.