Palinocronoestratigrafia e paleoambiente deposicional da Formação Codó, Aptiano, Bacia do Parnaíba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Eneas, Giovanni de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19650
Resumo: Os depósitos siliciclásticos da Formação Codó possuem importantes potenciais geradores do Cretáceo Inferior da Bacia do Parnaíba O posicionamento temporal e a compreensão do paleoambiente deposicional e paleoclima através da identificação de palinomorfos diagnósticos de idade e ambiente auxiliam na caracterização da formação. A partir do estudo realizado em 44 amostras do poço 9-PAG-8-MA, perfurado pela Petromisa na cidade de Joselândia (MA), foi possível compreender a Formação Codó nesta região da bacia. Da associação palinoflorística analisada, foram identificadas 96 diferentes espécies de palinomorfos predominantemente de origem continental, com boa representatividade dos gêneros Afropollis, Araucariacites, Cicatricosisporites, Classopollis, Crybelosporites, Deltoidospora, Equisetosporites, Gnetaceaepollenites e Sergipea. A presença das espécies-guia Sergipea variverrucata, Gnetaceaepollenites pentaplicatus e Equisetosporites maculosus permitiram posicionar bioestratigraficamente os estratos nas biozonas P-270 e P-280, do arcabouço palinoestratigráfico padrão para os depósitos cretáceos brasileiros, correspondendo à idade aptiana. Foram identificados dinoflagelados do gênero Subtilisphaera, atestando a ocorrência de ingressões marinhas ao longo da sedimentação, e palinomorfos retrabalhados do Devoniano, representado pelo gênero Maranhites. Os resultados das análises mostraram que os sedimentos da Formação Codó foram depositados em um ambiente dominantemente continental (flúvio-lacustre), gradando para um ambiente transicional costeiro a marinho restrito, com registros de picos de ingressões marinhas e sob um paleoclima árido a semiárido, evidenciado pelo predomínio de palinomorfos dos gêneros Classopollis, Gnetaceaepollenites e Equisetosporites. Duas fases semiáridas foram evidenciadas pelo aumento da frequência relativa de Crybelosporites e Cicatricosisporites. Nestes intervalos, constata-se a redução na salinidade, sugerida pelo aumento da frequência relativa de Afropollis e diminuição de Classopollis. O conteúdo palinoflorístico identificado apresenta características que permitem o seu enquadramento na província palinoflorística Dicheiropollis etruscus/Afropollis.