Mudanças no útero da égua após a infusão de fragmentos de conceptos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Camacho Rozo, Cesar Augusto
Orientador(a): Mattos, Rodrigo Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/236873
Resumo: A Comunicação materno embrionária equina ainda tem um pobre entendimento. Mudanças histológicas, vasculares e proteicas na prenhez inicial tem sido reportadas. O objetivo do presente trabalho foi determinar mudanças histológicas, vasculares e proteicas, comparando o endométrio e o liquido endometrial de éguas no sétimo dia após ovulação com éguas nas quais no quinto dia após ovulação foram infundidos fragmentos de conceptos de 13 dias. No presente estudo, foram utilizadas 10 éguas sadias e cíclicas, onde uma vez detectado o estro, as éguas foram examinadas diariamente até detectar a ovulação, sendo classificado como o dia 0. Após a ovulação, as éguas foram examinadas por palpação e ultrassonografia modo B e Doppler até o dia 7. Neste primeiro ciclo, liquido uterino e biopsias intrauterinas foram coletas no dia 7 após a ovulação, conformando o grupo Cíclico (n=10). No segundo ciclo, as mesmas éguas foram examinadas diariamente até detectar novamente a ovulação. Aos 5 dias pós-ovulação, fragmentos de conceptos de dia 13, que haviam sido previamente coletados, foram infundidos no útero de cada égua. Liquido uterino e biopsias endometriais foram coletadas no dia 7 pós-ovulação, compondo o grupo Fragmento (n=10). As éguas foram examinadas diariamente por ultrassonografia Power Doppler e Spectral Doppler desde a ovulação até o dia 7, nos dois ciclos. Biopsias foram divididas e armazenadas em solução de glutaraldeído a 2.5% para microscopia eletrônica de varredura e solução de paraformaldeído tamponado a 4% para estudos histológicos. Liquido uterino foi submetido a 2D-PAGE eletroforese, gerando géis que foram analisados e comparados. Os Spots com diferenças (P < 0.01) foram removidos, tripsinizados, liofilizados e submetidos a espectrometria de massa (LC-MS/MS e MALDI-TOF/TOF) e identificação. Observou-se uma diminuição na porcentagem de células ciliadas e planas no grupo Fragmento em relação ao grupo Cíclico. No entanto, células ingurgitadas, secreção superficial e intraglandular, lúmen e diâmetro glandular, diâmetro dos vasos sanguíneos, vascularização endometrial e células imunes foram maiores no grupo Fragmento do que no grupo Cíclico. Mudanças na abundancia das proteínas do líquido uterino foram identificadas por 2D-PAGE. 13 proteínas foram identificas por espectrometria de massa: Albumina, Apolipoproteina A1, Fator de complemento B, Fibrinogênio B, Fibrinogênio G, Hemopexin, IGL, IGHCp, IGHC1, Lipocalina 2, Serpin B1, Serotransferrin e Serotransferrin-semelhante. Mudanças histológicas e proteicas e suas interações sugerem novos achados para um melhor entendimento da comunicação materno-embrionária.