Vegetação dos campos do sul do Brasil e fatores ambientais determinantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Bonilha, Camila Leal
Orientador(a): Boldrini, Ilsi Iob
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/198323
Resumo: Os Campos do Sul do Brasil incluem as formações campestres do bioma Pampa e os campos que formam mosaicos com florestas de Araucária, incluídos no bioma Mata Atlântica. Este estudo visa apresentar uma síntese dos padrões regionais da vegetação campestre no sul do Brasil, através da caracterização de padrões de comunidades campestres e identificação das variáveis ambientais relevantes para os padrões de distribuição dos campos. A área de estudo compreende os campos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná. Através de um desenho amostral estratificado, unidades campestres regionais foram delimitadas por características de solo e geomorfologia, em unidades regionais, Unidades Amostrais de Paisagem (UAP) foram alocadas de modo a abranger diferentes fisionomias dos campos da região. No âmbito de cada UAP, foram demarcadas três Unidades Amostrais Locais (UAL), estas unidades serviram de base para os registros de variáveis ambientais e levantamento da vegetação. Para obtenção de variáveis climáticas foi utilizado o banco de dados georreferenciados disponibilizado pelo Instituído Nacional de Meteorologia, as variáveis de solo foram coletadas através de três amostras em cada UAL. Para o levantamento da vegetação, houve a demarcação de nove unidades amostrais de 1 m2 em cada UAL, onde estimou-se a cobertura de todas as espécies vasculares. As diferenças entre a riqueza dos campos foram exploradas através da diversidade de Hill, Análise de Coordenadas Principais (PCoA) e análise de espécies indicadoras (IndVal). Para analisar a influência das variáveis ambientais nas comunidades campestres foram realizadas Análise de Correspondência Canônica (CCA) e para avaliar a proporção de influência das variáveis ambientais foi realizada Análise de Redundância (RDA). Nossos resultados revelaram diferenças na riqueza e diversidade entre os campos do Pampa e do bioma Mata Atlântica, sendo os primeiros 2 caracterizados pela dominância de Paspalum notatum e os segundos pela dominância de Andropogon lateralis, Schizachyrium tenerum e Piptochaetium montevidense. Os campos do Pampa foram relacionados com fertilidade do solo, pH e altas temperaturas, enquanto os campos do bioma Mata Atlântica foram relacionados com maior porcentagem de argila e matéria orgânica, baixa fertilidade, e maiores índices pluviométricos. Porém a RDA evidenciou pequena explicação dos padrões de vegetação explicados pelo solo, seguido pelo clima, a maior porcentagem de explicação foi atribuída a variáveis espaciais. Embora as análises exploratórias tenham mostrado a separação das comunidades campestres do sul do Brasil, conforme os padrões florísticos já registrados, nossos resultados indicam a necessidade de incluir outras variáveis ambientais para estabelecer padrões mais claros da distribuição das comunidades campestres no sul do Brasil.