Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Pires, Charlene Garcia |
Orientador(a): |
Gonçalves, Annelise de Carvalho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Palavras-chave em Espanhol: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/202504
|
Resumo: |
O Rio Grande do Sul (RS), assim como o Brasil, vem apresentando elevados coeficientes de cesariana e de prematuridade, o que desperta grande preocupação de saúde pública, tendo em vista as repercussões negativas de tais desfechos à saúde da mulher e do recém-nascido. Trata-se de estudo ecológico temporal e espacial que teve como objetivos: verificar os coeficientes de cesariana e de prematuridade no RS, no período de 2003 a 2013; descrever a evolução temporal destes coeficientes no RS e nas suas sete macrorregiões de saúde, analisando a tendência temporal dos coeficientes de cesariana e de prematuridade e a sua associação no mesmo período, e descrever a distribuição espacial dos coeficientes de cesariana e de prematuridade no RS e nas sete macrorregiões de saúde nos anos de 2003, 2007 e 2013. A população de estudo foram todos os recém-nascidos prematuros, independente da via de nascimento e os nascidos por cesariana informados pelo Sistema de Nascidos Vivos de 2003 a 2013. Utilizou-se na análise a Regressão de Poisson, onde os coeficientes de cesariana e de prematuridade foram as variáveis dependentes e o ano a variável independente. Foi realizada Correlação de Spearman, onde se testou a associação de cesariana com prematuridade. Os resultados foram considerados significativos quando valor de p foi menor que 0,05. Para visualização da evolução temporal foram elaboradas figuras de distribuição temporal. A distribuição espacial de ambos coeficientes foi plotada em seis mapas, elaborados com o auxílio do software Terra View, para os anos já descritos. A cesariana e a prematuridade apresentaram tendência crescente com significância estatística no Estado e nas macrorregiões no período estudado, sendo que na distribuição espacial também se visualizou o incremento dos coeficientes. A média do Estado foi de 54,2% para cesárea e de 9,7% para a prematuridade. Nas macrorregiões, com exceção da Metropolitana, as médias dos coeficientes de cesárea ficaram acima de 50%; sendo maior na Serra (64,6%). A maior média do coeficiente de prematuridade foi de 10,8% na macrorregião Centro-Oeste. Houve forte correlação positiva entre os coeficientes de cesariana e de prematuridade. Políticas locais, como fechamento de maternidades em pequenos hospitais do RS podem estar contribuindo para maiores coeficientes de cesarianas. Macrorregiões com melhores condições socioeconômicas apresentaram coeficientes mais elevados de cesárea e prematuridade, o que pode estar ligado à predominância da assistência obstétrica em serviços mistos nestes locais. Perante a crescente tendência de ascensão da cesariana e da prematuridade no RS, gestores de saúde necessitam planejar novas estratégias de forma articulada com outros setores, garantindo às gestantes e aos neonatos os princípios e diretrizes propostos pela Rede Cegonha, considerando as peculiaridades de cada macrorregião. |