Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Prates, Camila Camargo |
Orientador(a): |
Axt, Margarete |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/72122
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Resumo: |
Esta dissertação objetiva investigar alguns percursos de sentido nos processos de aprender, que emergiram no contexto de um espaço lúdico-pedagógico realizado junto ao projeto de pesquisa CIVITAS - Educação e Saúde (LELIC/ PPGEdu/ UFRGS) - que produziu uma composição com este estudo. Propõe um modo de intervenção lúdico-pedagógica e de pesquisa-formação relacionado tanto a crianças e adolescentes em situação de internação hospitalar quanto a um grupo de educadores hospitalares do Hospital de Clínicas de Porto Alegre/RS. Através de um exercício cartográfico que empregou diários, mapas de sentido e fluxografos como dispositivos de produção de dados, procurou-se estabelecer algumas relações entre enunciações e processos de ensino-aprendizagem, pelos quais se investigou: modos de se fazer educador e modos de se fazer aluno em ambiente hospitalar. Sob o viés da filosofia da diferença, abordou-se a disjunção entre ver e falar na pesquisa, que se levou a pensar um modo de conduzir a linguagem a “regiões de intensidade”. A partir da figura de um personagem conceitual - o professor bri(n)coleur -, construiu-se uma escrita como movimento de fuga, pela qual analisou-se acontecimentos impessoais, aquilo que se passa entre os sujeitos. Trata-se do agir ético-estético do educador que se propõe a pensar o sentido na linguagem. Assim, consideram-se movimentos da estética no aprender como processo e não apenas o aprender dirigido que se dá pelo reconhecimento. Discutem-se conceitos de saúde, doença, vida e morte, com os quais se conviveu durante a duração da proposta e através dos quais se pensou novos vieses de existência ética e estética do educador que trabalha neste ambiente. Pensa-se o tempo, mais especificamente o futuro, desvinculado de antecipações e previsões, mas, sim, vinculado à obra de arte enquanto um esforço inventivo e criador da própria vida. A intenção foi contribuir para instauração de um espaço de aprendizagem favorável à construção conceitual na relação com vivências afectivas e experiências perceptivas, para reflexão do fazer pedagógico de educadores comprometidos com este atendimento, bem como para pensar práticas pedagógicas que pudessem alavancar processos criadores no referido ambiente. A produção das análises deu-se em dois processos: um, no âmbito da reflexão analítica, e, outro, da experimentação estético-literária. O procedimento tornou-se aí o próprio processo, o próprio acontecimento, já que ocasionou um deslocamento do campo empírico, vivenciando-se o processo de escrita como uma nova situação. Uma analítica, que se propôs à experimentação, mostrando a captura daquilo pelo que se foi tocada. Considera-se que o educador que trabalha sob esta perspectiva intuitivo-artística de produção de si e do mundo estaria mais próximo da própria vida. Tendo por base a compreensão de que as relações sociais se dão na linguagem e que a língua é política, através da proposição da atenção às expressões e enunciações que permeiam o espaço educativo hospitalar, espera-se contribuir para com aqueles que têm interesse pelas práticas pedagógicas neste ambiente. Os resultados dão pistas para se pensar que o educador, em ambiente hospitalar, pode se tornar intercessor, estabelecendo relações dialógicas entre saúde e educação, pois, através de constante reflexão e problematização do próprio fazer pedagógico, poderá se permitir um agir-enunciar em constante aprender. |