Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Baréa, Paula |
Orientador(a): |
Bonamigo, Renan Rangel |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276605
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Resumo: |
Introdução: A rosácea é uma doença inflamatória crônica da pele. O acometimento é geralmente centrofacial e pode ser caracterizado por eritema, edema, telangiectasias, pápulas e pústulas. A rosácea é uma doença bastante prevalente no nosso meio. A patogênese da rosácea não é bem estabelecida, está associada a fatores imunológicos, genéticos, desregulação vascular, associação com o meio ambiente, dieta e ação de microorganismos. Em pacientes com rosácea, há níveis mais elevados de catelicidinas, peptídeos com ação pró inflamatória. Quando clivada pela calicireína e outros peptídeos se transformam em sua forma ativa, LL-37. Os fatores que desencadeiam esta via inflamatória estão sendo estudados. Existe uma incidência aumentada de rosácea em pacientes com doenças , como doenças gastrointestinais, neurológicas e cardiovasculares, e o papel da dieta no desencadeamento da doença é controverso, ainda. Objetivo: Avaliar o perfil clínico dos pacientes com rosácea, das suas comorbidades e dos seus hábitos alimentares, comparando-os com pacientes sem rosácea. Métodos: Estudo caso-controle, pareados por sexo e idade, com classificação clínica da rosácea e avaliação clínica-laboratorial quanto à presença de doenças subjacentes. O perfil de dieta foi verificado através de um questionário alimentar. Resultados: Foram incluidos 175 pacientes, 89 pacientes no grupo dos casos (69 do sexo feminino e 20 do masculino) e 86 pacientes no grupo dos controles (68 do sexo feminino e 18 do masculino); a idade média dos casos e controles foi de 54 anos. Os pacientes com rosácea também foram classificados através do Rosacea Clinical Scorecard, o quadro eritema telangiectásico era leve em 57 (64%) dos pacientes, 28 (31,5%) moderado e 3 (3,4%) severo. Não houve diferença significativa com relação ao uso de medicamentos e comorbidades entre os dois grupos. Glicemia de jejum, colesterol total, LDL, triglicerídeos e proteína C reativa se demonstram discretamente maiores no grupo dos casos, mas não houve diferença estatística entre a média dos resultados. O consumo de alimentos que contém cinamaldeído teve associação com a rosácea (p= 0,043) e o consumo diário de derivados do leite é maior em pacientes com rosácea (p = 0,008). Conclusão: Não houve diferença significativa quanto às comorbidades e exames laboratoriais entre os grupos, esses resultados podem ser decorrentes da maior quantidade de casos leves e moderados do que casos graves de rosácea. O consumo de alimentos que contêm cinamaldeído e derivados do leite pode ser fator relacionado ao desenvolvimento da rosácea leve a moderada. |